1 de outubro de 2016

Ministro da Justiça diz que atentado em Goiás pode ser um caso de crime passional

Escrito por: Redação/Portal G1

Fotos Reprodução 

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“Alexandre de Moraes, Ministro da Justiça, diz não ver indícios de crime eleitoral no caso. Candidato e cabo da PM foram mortos por atirador em Itumbiara”

O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, comentou nesta sexta-feira (30) o atentado em Itumbiara (GO), dizendo que “tudo leva a crer que não foi um crime eleitoral, foi um crime passional, uma vingança, uma raiva”. No atentado a tiros durante uma carreata, morreram o candidato a prefeito José Gomes da Rocha (PTB), de 58 anos, conhecido como Zé Gomes, e o cabo da PM Vanilson João Pereira, de 36 anos. O vice-governador de Goiás, José Eliton (PSDB), e um advogado da prefeitura ficaram feridos.

O atirador, identificado como Gilberto Ferreira do Amaral, de 53 anos, era funcionário da prefeitura há 15 anos. Ele foi morto por seguranças do vice-governador durante o ataque.

Em um evento em São Paulo, o ministro da Justiça disse que foi a Goiás nesta quinta-feira (29) e conversou com autoridades envolvidas na investigação do caso.

“Nós estamos acompanhando. Lá em Itumbiara, por determinação minha, ficaram três delegados e quatro equipes ficaram com 16 policiais. Em torno de 20 membros da Polícia Federal vão ficar até as eleições. Vão ficar agora até domingo. Se surgir alguma questão que ligue a [crime] eleitoral, nós vamos assumir o caso, como determina a lei”, disse Moraes.

“Se não há [relação com as eleições], se só há uma suspeita leve, então o que a Polícia Federal faz é acompanhar a investigação da Polícia Civil, para verificar se há um homicídio simples – simples aqui é referido ao homicídio não eleitoral ou não, que é exatamente o que aconteceu até o momento em Itumbiara”, justificou Moraes.


Segurança

No mesmo evento, o ministro falou sobre o problema que o país tem enfrentado na segurança. “Nós tivemos uma mudança no perfil de criminalidade. E, lamentavelmente, uma mudança para pior, uma violência maior, uma violência, agressividade maior”, comentou Moraes, que atribuiu esta mudança ao fácil acesso que a população tem tido às armas e drogas.

“O crack é uma droga altamente excitante para a criminalidade, torna a pessoa violenta, altamente viciante, com um preço que democratizou a sua utilização e isso gerou uma violência maior. Uma violência geral.”