18 de julho de 2014

Caso Iasmim: Mãe cobra sobre morte de filha violentada em Catalão

Iasmin Martins, de 8 anos, foi estuprada e morta a pauladas, em Catalão.Crime aconteceu há 7 meses, mas inquérito policial ainda não foi concluído.

Escrito por: G1.com

Iasmim
“Iasmin Martins de Souza Silva, 8, foi violentada e morta”

A família da menina Iasmin Martins de Souza, de 8 anos, que foi violentada e morta a pauladas, em Catalão, no sudeste de Goiás, continua sem respostas sobre o caso. Sete meses após o crime, o inquérito policial ainda não foi concluído. “Nem acredito mais que a polícia vá conseguir explicar, mas quero saber o que realmente aconteceu com ela. Dói muito ter que acordar e lembrar disso todos os dias”, afirmou a mãe da criança, a dona de casa Leidiane Martins Pereira. 

O corpo de Iasmim foi encontrado no dia 09 de dezembro do ano passado,  no cômodo de uma obra. O exame de corpo de delito comprovou que ela foi violentada e morta a pauladas. O pedreiro Dione César Costa, 37, foi preso dois dias depois. Apesar de negar que tivesse cometido o crime, testemunhas disseram que viram a menina sendo levada por ele horas antes de ser morta. O homem foi preso, mas um exame de DNA comprovou que o pedreiro não teve participação no assassinato. Desde então, a polícia não apresentou novos suspeitos do crime.

Procurada pela imprensa, a delegada responsável pelo caso, Alessandra Maria de Castro, informou que as investigações continuam em andamento. “As diligências são realizadas para tentar identificar o autor do crime. Desde o início dos trabalhos, registramos alguns suspeitos, que passaram pelos testes de DNA. Infelizmente, todos deram negativo e o criminoso ainda não foi encontrado. Mas o caso segue com várias linhas de investigação e é prioridade”, garantiu.

Para a mãe de Iasmin, mesmo com o andamento das investigações, a angústia só aumenta. “Me dói pensar que outra família pode passar por isso, pois ela era minha única menina e é muito triste pensar em tudo o que ela passou. E se o assassino fizer isso com outra pessoa? Se é que já não fez”, disse Leidiane.

A dona de casa conta que os dois irmãos da menina, que têm 1 ano e meio e 13 anos, sofrem com a falta dela. “O mais velho está traumatizado, não quer sair de casa, fica só brincando no quarto. Recebemos apoio psicológico por uns três meses, mas não foi suficiente para superar tudo. O bebê, que conviveu pouco com ela, demonstra lembrar da irmã e sempre que vê uma menina na rua corre para abraçar”, relata.

Leidiane diz que só vai ter tranquilidade quando o autor do crime for preso. No entanto, ela não tem certeza de que isso vai acontecer. “A essa altura já nem acredito mais que ele vai pagar pelo que fez”, disse.

Crime

Iasmim 2
“Iasmin foi encontrada morta em obra, no Jardim Paraíso”

Iasmin foi encontrada morta um dia após ter saído da casa da avó para ir até a feira onde a mãe estava trabalhando. No entanto, a menina não chegou ao destino. Após o sumiço, familiares e policiais chegaram a procurá-la, mas não a encontraram.

O pedreiro Luizmar Bernardes foi quem achou a menina morta na obra onde trabalhava, no Bairro Paineiras. “Cheguei e nós [outros colegas] trabalhamos um pouquinho. Quando olhei lá dentro, me deparei com a criança morta lá e chamei outro colega meu para olhar. É triste de ver. A cena é lamentável”, disse na época.

Uma semana antes de ser morta, Iasmim ao Papai Noel dos Correios, pedindo presentes para ela e sua família. Ao ler a carta, uma administradora de empresas, que não quis se identificar, percebeu que tratava-se da garota assassinada. Mesmo assim, a voluntária atendeu aos pedidos e fez as doações à mãe e aos irmãos da criança.

A mãe de Iasmin afirmou que a garota passava várias horas por dia na rua antes de ser morta. Segundo ela, a filha era muito comunicativa e falava com qualquer pessoa na rua. “Para ela, não tinha estranho”, disse Leidiane.