22 de julho de 2019

TEMENDO NOVA GREVE DOS CAMINHONEIROS, MINISTÉRIO DA INFRAESTRUTURA PEDE O CANCELAMENTO DA NOVA TABELA DE FRENTE

 O ministro Tarcísio de Freitas (Infraestrutura) deve reunir-se com líderes caminhoneiros na próxima 4ª (24.jul.2019). Foto: Sergio Lima/Poder 360

Temendo uma nova greve dos caminhoneiros, o governo federal decidiu suspender a nova tabela do frete. O pedido foi oficializado à ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) nesta 2ª feira (22.jul.2019) por meio de 1 ofício assinado pelo ministro Tarcísio de Freitas (Infraestrutura). A agência reguladora irá discutir o assunto em reunião extraordinária nesta 2ª.

A medida, publicada na última 5ª feira (18.jul) e em vigor desde sábado (20.jul), foi alvo de insatisfação de alguns caminhoneiros, já que a maior parte dos valores ficou abaixo do que na versão anterior. Desde a publicação, grupos articularam protestos contra as novas regras de cálculo.

Alguns atos estavam previstos para essa 2ª feira (22.jul), mas no fim de semana já circulava a promessa do ministro de suspender a resolução. Tarcísio de Freitas receberá líderes de grupos de caminhoneiros para negociar uma nova tabela de frete na 4ª feira (24.jul).

Em ofício encaminhado à agência, o ministro diz que “diferenças conceituais quanto ao valor do frete e o piso mínimo que pode repercutir na remuneração final dos caminhoneiros” devem ser novamente discutidas com a categoria.

No método anterior, apenas a distância percorrida era considerada no cálculo do piso mínimo do frete. Pela resolução da ANTT, fatores como o tempo de carga e descarga, custo com depreciação do caminhão, entre outros, também entrarão no cálculo.

A nova tabela foi criada em conjunto com o Grupo de Pesquisa e Extensão em Logística Agroindustrial, ligado à USP (Universidade de São Paulo) e após uma rodada de audiências públicas sobre o assunto. Segundo a ANTT, cerca de 500 contribuições para elaboração do documento.

TABELA DO FRETE

A tabela de preços mínimos de frete foi instituída pela Medida Provisória 832/2018, convertida na Lei 13.703/2018, e pela Resolução 5.820/2018, da ANTT, que regulamentou a medida, após a greve dos caminhoneiros em maio de 2018.

A tabela de frete foi negociada pelo Palácio do Planalto e pelos ministros da equipe econômica como uma das medidas para pôr fim à greve, que durou 11 dias. A ANTT ficou responsável por definir os preços mínimos. Eis a tabela: 

 

Escrito por: Redação/Poder 360