Expectativa do setor empresarial é de que o novo decreto faça concessões para algumas atividades econômicas, que retornariam ao trabalho de forma controlada e gradual. Na foto, o governador aparece ao lado do Secretário de Saúde de Goiás, Ismael Alexandrino. Foto: Lucas Diener – Ass. Governo de Goiás/Reprodução
CORONAVÍRUS – COVID-19| O governador Ronaldo Caiado deve anunciar ainda nesta quinta-feira (2) o novo decreto com novas regras de isolamento a serem seguidas pela população para evitar a propagação do coronavírus. O decreto em vigor tem validade até o próximo dia 4 (sábado). Mas informações de bastidores já dão conta de que a quarentena deve ser prorrogada por mais 15 dias para evitar um aumento mais acentuado da curva de infectados no Estado, que já é crescente.
A expectativa do setor empresarial é de que o novo decreto força concessões para algumas atividades econômicas, que retornariam ao trabalho de forma controlada e gradual, seguindo normas pré-estabelecidas. O anúncio das novas regras será feito apenas pelo governador, mas um integrante do alto escalão do governo estadual disse agora há pouco que acredita que o decreto será mesmo prorrogado. “Caso haja concessões, elas serão bem pequenas”, prevê.
Agora à tarde, representantes do Fórum Empresarial reúnem com o governador para tratar do assunto e a expectativa é muito grande. O presidente da Federação das Indústrias de Goiás (Fieg), Sandro Mabel, lembrou ontem que muitos empresários estão desesperados e oferecendo seus produtos e serviços aos clientes pelas redes sociais. Dessa forma eles estão atendendo com horário marcado e com portas fechadas, o que aumenta o risco de contaminação. “O pessoal vai querer abrir na marra e, depois, o governador vai culpar o setor empresarial se algo der errado. Só dividiremos a responsabilidade com ele se a reabertura ocorrer de forma controlada. Se não for assim, o governo perderá o controle”, disse Mabel.
Números correspondem aos três primeiros meses deste ano. A Saúde de Goiás pede atenção redobrada no combate ao Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e zika, durante a quarentena. Foto: Sebastião Nogueira – Secom Governo de Goiás/Reprodução
Desde o início deste ano, Goiás já registrou 13.936 casos de dengue, com 21 mortes em investigação. Os dados são da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), que pede cuidado redobrado no combate ao Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika, durante o período de quarentena.
Mesmo diante da pandemia do coronavírus, o número de casos da dengue é preocupante no país. Segundo a SES-GO, justamente agora, entre os meses de março e abril, que ocorre o pico da doença. Não existe vacina contra a covid-19 e nem contra a dengue, então a prevenção tem sido o melhor remédio.
No caso da covid-19, causada pelo coronavírus, o distanciamento social impede a transmissão de uma pessoa para outra. Já a dengue não é contagiosa, mas pode ser evitada a partir da eliminação de possíveis criadouros do mosquito transmissor.
“Geralmente as pessoas diziam que não cuidavam do próprio imóvel por falta de tempo. Agora, considerando a quarentena, esse argumento cai por terra. É hora de agir e cuidar de casa, fazendo dela um ambiente seguro”, alertou o coordenador de vigilância e controle ambiental de vetores, Marcello Rosa.
DICAS DE COMO ELIMINAR CRIADOUROS DA DENGUE
O coordenador explicou também que pacientes com dengue precisam de assistência médica, com internações nos casos mais graves. E como o objetivo, neste momento, é garantir mais espaço nos hospitais para atendimento de pessoas diagnosticadas com o novo coronavírus, a prevenção é uma aliada.
“Há a possibilidade de coincidir o pico da dengue, da influenza e da Covid-19. Como parte desses pacientes precisa de hospitalização, isso reforça a importância de lutar contra a dengue. Combater o Aedes aegypti é um fator de proteção, considerando que vamos precisar de leitos hospitalares vazios”, reforçou Marcello.
O combate ao mosquito da dengue não leva muito tempo. A dica da Secretaria da Saúde é começar dentro de casa, verificando o recipiente de degelo da geladeira, que pode acumular água; vedando ralos e vasos sanitários de banheiros que não estão em uso; e lavando diariamente, com água sabão, os bebedouros dos animais de estimação.
No quintal, os cuidados envolvem verificar se a caixa d’água, fossas e cisternas estão totalmente vedadas; eliminar objetos que possam acumular água, como pratinhos de planta (neste caso, o ideal é cobrir de areia); manter as calhas limpas e, portanto, desobstruídas; e descartar o lixo para coleta da prefeitura, evitando aglomeração em casa ou em lotes baldios.
REDUÇÃO DE CASOS DE DENGUE EM GOIÁS
Em comparação aos três primeiros meses de 2019, o estado teve redução de 36% dos casos de dengue neste ano. Ainda assim, a superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim, chama a atenção para algumas cidades consideradas de “alto risco” devido ao número de registro da doença. “Alguns desses municípios se concentram na região do Entorno do Distrito Federal e outros na região Sul e Sudoeste do Estado”, disse.
Mesmo durante o isolamento social, os agentes de saúde continuarão fazendo as visitas domiciliares em Goiás com foco na dengue, especialmente nas regiões mais afetadas pela doença. “As visitas serão menos invasivas, com orientações verbais mantendo a distância recomendada. Em alguns casos, se for preciso, o agente poderá entrar no quintal da casa, para auxiliar em algum procedimento”, explicou Marcello.
E o governo de Goiás alerta: “Para garantir a segurança e evitar possíveis golpes, moradores podem identificar um agente de saúde a partir de seu uniforme, crachá de identificação ou solicitando o número de matrícula. Em caso de dúvidas, a orientação é que entre em contato com a Prefeitura de seu município para confirmar o cadastro junto à Saúde. As visitas geralmente ocorrem de segunda a sexta-feira, entre 7h e 17h.”
CORONAVÍRUS – COVID-19| Na tarde desta quinta-feira (02), a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), voltou a atualizar os números de casos suspeitos de coronavírus, que de acordo com os dados, sofreu queda acentuadamente.
De acordo com a nova atualização, já foram descartados 18 casos, 12 estão sendo investigados, e apenas um caso foi confirmado no início do mês de março.
O caso mais recente de suspeita, foi notificado hoje, em um idoso de 72 anos de idade, que teve material colhido para a realização de exame no Laboratório Central de Saúde Pública (LACEN), em Goiânia.
NOTA DE ATUALIZAÇÃO DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE
ATUALIZAÇÃO| A Secretaria Municipal de Saúde informa à população que hoje (02), foi notificado mais um caso de suspeita de Coronavírus, se trata de um homem de 72 anos de idade.
Assim, de acordo com a atualização, 18 (dezoito) casos já foram descartados e hoje temos 12 (doze) casos suspeitos e 01 (um) confirmado em Catalão.
Lembrando que, só serão divulgados casos de suspeita de Coronavírus, quando a Secretaria Municipal de Saúde for notificada oficialmente pela unidade ao qual recebeu o paciente.
CORONAVÍRUS – COVID-19| Devido a determinação do governo anunciada ontem, quarta-feira, 1º de abril, a medida provisória que permite a redução da jornada de trabalho, com redução de salário, a HPE, montadora da marca Mitsubishi no Brasil, com instalações em Catalão, no sudeste goiano, foi a primeira empresa da cidade a aderir a medida. A MP, faz parte das iniciativa para enfrentar a crise provocada pela pandemia de coronavírus.
A medida prevê que o emprego do trabalhador deverá ser mantido por um período igual ao da redução, com isso os funcionários da Mitsubishi terão estabilidade até o dia 30 de Agosto. Em Catalão, para os colaboradores da HPE, o Sindicato dos Metalúrgicos de Catalão (SIMECAT), conseguiu manter o plano de saúde, odontológico e o vale card, além de 20 a 35% do salário, dependendo do salário do empregado.
Sobre os salários, quem ganha de R$ 1.700 até R$ 20 mil reais, receberá 20% da empresa, mais o salário desemprego, que varia de R$ 1.300 a R$ 1.800 reais, que é o teto máximo. Quem ganha de R$ 20.000,01 a R$ 30 mil reais, receberá 25% do salário da empresa, mais o salário desemprego. Quem ganha acima de R$ 30 mil reais, o valor repassado pela empresa, é de 35%.
Os trabalhadores que quase não sofrerão alterações nos salários durante o lay-off, é de quem ganha de R$ 1.700 a R$ 2.600 reais. Estes colaboradores não precisarão fazer a solicitação deste benefício, pois o governo fará o depósito direto na conta do trabalhador.
Durante esse período de lay-off, os colaboradores vão fazer cursos em casa, num total de 120 horas de curso.
Prof Alexandre de Assis Bueno, Profa Tharine Louise Gonçalves Caires, Profa Carla Natalina da S Fernandes, Profa Letícia Cunha Franco e Dr Roberto Marot, durante o lançamento do TeleCovid Catalão. Foto: Reprodução
CORONAVÍRUS – COVID-19| Hoje pela manhã teve o lançamento do TeleCOVID Catalão e início das atividades pelo número 0800 646 1045!
Estiveram presentes no ato a Reitora Pro Tempore Dra Roselma Luchese, o Prefeito do Município de Catalão, Sr Adib Elias, o Secretário Municipal de Saúde Sr Velomar Rios, Dr Roberto Marot também da Secretaria Municipal de Saúde, a Coordenadora do Curso de Enfermagem Profa Dra Juliana Martins de Souza, o coordenador do TeleCOVID Catalão Prof Dr Luiz Almeida da Silva, demais docentes do curso e discentes escalados para as atividades do turno.
O lançamento do TeleCOVID Catalão configura-se parceria entre o Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Catalão (UFCAT) e a Secretaria Municipal de Saúde de Catalão, GO.
O objetivo da presente estratégia busca contribuir com a sociedade catalana e de cidades circunvizinhas para o enfrentamento da COVID-19, possibilitando à população acesso a informações pertinentes sobre os cuidados de pessoas saudáveis, potencialmente suspeitas, casos confirmados, assim como para as pessoas que tiveram contato físico próximo ou que residam em um mesmo ambiente. Também será realizado o telemonitoramento de casos confirmados, conforme dados fornecidos pela Vigilância Epidemiológica do município.
A estrutura foi montada nas dependências da UFCAT e o teleatendimento será realizado por estudantes do último ano do curso de enfermagem, sendo esses supervisionados de forma direta por professores do curso. Para os casos mais graves haverá também o suporte para telemedicina com médicos servidores do município de Catalão.
Aluna do Curso de Enfermagem, Profa Juliana Martins de Souza, participante do ato, Prof Luiz Almeida da Silva e aluna do Curso de Enfermagem. Foto: Reprodução
A partir da data de hoje os interessados poderão ligar gratuitamente de qualquer dispositivo telefônico para o número 0800-646 1045 das 08:00 às 18:00, momento que será realizada análise da situação de saúde e orientados os direcionamentos necessários para cada caso em específico.
Foto: Reprodução
Escrito por: Redação/Texto: Luiz Almeida da Silva – Departamento de Enfermagem – UFCAT
CORONAVÍRUS – COVID-19| O número de casos confirmados do novo coronavírus em Goiás saltou para 73, segundo boletim divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) no final da tarde desta quarta-feira (1º/4). No Estado, há 2.333 casos suspeitos em investigação. Outros 845 já foram descartados.
Os casos confirmados foram registrados nos municípios de Águas Lindas de Goiás (1), Anápolis (4), Aparecida de Goiânia (2), Caldas Novas (1), Campestre (1), Catalão (1), Cidade Ocidental (1), Goianésia (1), Goiânia (42), Itumbiara (2), Jataí (2), Luziânia (1)*, Paranaiguara (1), Rio Verde (7), Silvânia (1), Trindade (1) e Valparaíso de Goiás (4).
Há 7 casos confirmados internados. Destes, nenhum está na rede pública. Há ainda 92 casos em investigação que encontram-se internados; destes, 26 estão na rede pública e 66 na rede privada.
“Há, até o momento, 1 óbito confirmado e 7 óbitos em investigação, sendo (1) em Araçu, (4) Goiânia, (1) em Mineiros e (1) em Valparaíso de Goiás. Já foram descartados 2 óbitos, sendo (1) em Águas Lindas de Goiás e (1) em Senador Canedo”, informou a SES.
EM TODO PAÍS CASOS CHEGAM A 6.836 E 240 MORTES
O número de casos confirmados de infecção pelo novo coronavírus no país subiu para 6.836 nesta quarta-feira (1°), de acordo com os dados mais recentes do Ministério da Saúde. O número de mortes por covid-19 chegou a 240. O índice de letalidade ficou em 3,5%.
Ontem, o país contabilizava 201 óbitos e 5.717 casos confirmados da doença. Os novos casos somaram 1.119, um pouco menos do que os 1.138 novos no balanço ontem.
As mortes estão assim distribuídas pelos estados brasileiros: São Paulo (164), Rio de Janeiro (28), Ceará (8), Pernambuco (8), Piauí (4), Rio Grande do Sul (4), Paraná (3), Amazonas (3), Distrito Federal (3), Minas Gerais (3), Bahia (2), Santa Catarina (2), Rio Grande do Norte (2), Alagoas (1), Maranhão (1), Mato Grosso do Sul (1), Goiás (1), Paraíba (1) e Rondônia (1).
A apresentadora do Jornal Anhanguera de Goiânia 1ª Edição, Lilian Lynch, informou que as mineradoras haviam dado férias coletivas para 300 colaboradores, e que outros um mil estariam trabalhando em casa.
O Badiinhoapurou que a empresa mineradora CMOC Brasil (Copebrás e Niobrás), operam em escalas de turnos normalmente, sendo apenas afastados os funcionários que estão no grupo de risco, além de terem sido concedido férias de 10 dias aos colaboradores que tinham férias vencidas nas empresas, inclusive da área administrativa que fazem trabalho home-office.
Por diversas, tentamos esclarecimentos com a assessoria de comunicação da mineradora CMOC Brasil, que optam pelo silêncio, pois nossos e-mails com solicitações de informações não foram respondidos.
Já a respeito da mineradora Mosaic Fertilizantes, no início da semana passada, a empresa afirmou que não iria parar sua produção, pois a sua “missão, é continuar firme em ajudar o mundo a produzir alimentos de que precisa”. Como a produção alimentícia é essencial para a vida humana, a empresa não pode parar, afirmando que a legislação vigente, exclui das lista de empresas que devem paralisar suas atividades neste momento de pandemia, as indústrias que fazem parte da cadeia da produção de alimentos.
De acordo a comunicação do SIMECAT, acredita-se que uma proposta será apresentada ainda na tarde desta quarta-feira (01/04), a qual deverá ser votada pelos trabalhadores de forma eletrônica.
VEJA A NOTA DO SINDICATO DOS METALÚRGICOS DE CATALÃO – SIMECAT
O SIMECAT está desde cedo reunido com os representantes da Mitsubishi. O objetivo é discutir medidas de enfrentamento para este período de paralisação das atividades devido à pandemia de Covid-19. Entre as alternativas em análise estão o banco de horas e o lay-off, que é quando se suspende o contrato de trabalho e o trabalhador terá um salário pago pela empresa com ajuda do governo. Provavelmente, na parte da tarde, o Sindicato já apresentará a proposta, que deve ser votada pelos trabalhadores por meio eletrônico.
CORONAVÍRUS – COVID-19| Ministério Público de Goiás (MP-GO), Ministério Público Federal (MPF) e Superintendência Estadual de Proteção aos Direitos do Consumidor (Procon-GO) expediram recomendação conjunta ao Conselho Estadual de Educação de Goiás (CEE-GO) e às instituições de ensino da rede particular, por meio do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Estado de Goiás (Sinepe-GO) e do Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior do Estado de Goiás (Semesg), para que mantenham a execução dos contratos escolares firmados com os estudantes enquanto perdurar a situação de emergência da saúde pública no Estado de Goiás em razão da disseminação do novo coronavírus (Covid-19). As instituições querem que sejam desenvolvidas as atividades escolares e cumprido o calendário escolar nestas unidades.
Uma das recomendações é a de que sejam utilizadas ferramentas tecnológicas voltadas ao ensino a distância, tanto para fins de exposição de conteúdos quanto para avaliação periódica de aprendizagem e cumprimento de carga horária. Isso deverá ser feito em atenção às orientações e normativas expedidas pelo Ministério da Educação, pelo Conselho Nacional de Educação e pelo CEE-GO, bem como aos direcionamentos do Ministério da Saúde e da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás, enquanto perdurar a suspensão das aulas presenciais e o regime de aulas não presenciais instituído pela Resolução CEE/CP nº 2/2020.
Também deverão esclarecer à comunidade escolar sobre a impossibilidade momentânea de prestação de seus serviços de forma presencial e o regime de aulas não presenciais instituído pelas Resoluções CEE/CP nº 2/2020 e nº 4/2020. Além disso, deverão mostrar a efetiva comprovação da prestação do serviço enquanto durar a pandemia, assegurando o cumprimento da carga horária contratada e adimplemento de outros serviços eventualmente pactuados.
NEGOCIAÇÃO
Para tanto, deverão ser oferecidos canais de comunicação por meio dos quais a comunidade escolar poderá esclarecer dúvidas quanto à posição adotada pela instituição de ensino e negociar aspectos do contrato celebrado, caso não seja possível atender à recomendação ou haja interesse na imediata rescisão contratual, cujos encargos deverão ser negociados com os estudantes.
O documento é assinado pelos promotores de Justiça Maria Cristina de Miranda, titular da 12ª Promotoria de Justiça de Goiânia, e Delson Leone Júnior, coordenador da Área do Meio Ambiente e Consumidor do Centro do Apoio Operacional do MP-GO; pela procuradora da República Mariane Guimarães de Mello Oliveira, e pelo superintendente do Procon-GO, Allen Anderson Viana. Entre os temas levados em consideração para expedir a recomendação está a necessidade de garantir o acesso à educação básica e superior aos alunos, na rede privada de ensino, alterada em razão da pandemia da Covid-19, por ser direito de todos e dever do Estado, da família e da iniciativa privada, conforme preconizado pelos artigos 6º, 205 e 209, da Constituição Federal.
Considerou também que a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), no seu artigo 23, parágrafo 2º, prevê a competência do respectivo sistema de ensino para a definição do calendário escolar, adequando às peculiaridades locais, sempre que o interesse do processo de aprendizagem assim o recomendar, inclusive por questões climáticas e econômicas, garantindo a obrigatoriedade do cumprimento da carga horária mínima de 800 horas, distribuídas em 200 dias letivos. Em relação à carga horária mínima para a educação profissional técnica de nível médio, deverá ser observado o Catálogo Nacional de Cursos Técnicos de Nível Médio, instituído pelo Ministério da Educação. Outro aspecto considerado é a necessidade de os ensinos fundamental, médio e superior serem ministrado a distância em situações emergenciais.
A recomendação considerou também a possibilidade de utilização do Ensino a Distância (EaD) como alternativa à organização pedagógica e curricular. No documento, é observada a necessidade de seguir as orientações expedidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) quanto ao novo coronavírus, notadamente a declaração de pandemia e medidas essenciais relativas à prevenção, as quais devem ser observadas em conjunto com as determinações do Ministério da Saúde e da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES). No Estado, a SES publicou portaria, em 16 de março, paralisando as aulas por 15 dias, nas redes pública e privada, prazo passível de prorrogação.
Escrito por: Redação/João Carlos de Faria – Assessoria de Comunicação Social do MP-GO
Presidente Jair Bolsonaro fez pronunciamento em rede nacional de rádio e TV. Foto: Reprodução
CORONAVÍRUS – COVID-19| O presidente Jair Bolsonaro fez na noite desta terça-feira (31) pronunciamento em rede nacional de rádio e TV no qual afirmou que a pandemia provocada pelo novo coronavírus (covid-19) é o “maior desafio da nossa geração”. Bolsonaro voltou a enfatizar a necessidade de se implementar medidas para a preservação de empregos. “O efeito colateral das medidas de combate ao coronavírus não pode ser pior do que a própria doença. A minha obrigação como presidente vai para além dos próximos meses. Preparar o Brasil para a sua retomada, reorganizar nossa economia e mobilizar todos os nossos recursos e energia para tornar o Brasil ainda mais forte após a pandemia.”
O presidente disse que as medidas de proteção à população estão sendo implementadas de forma coordenada, racional e responsável. Segundo Bolsonaro, o Brasil avançou muito nos últimos 15 meses, desde que tomou posse em janeiro de 2019, e sua preocupação sempre foi salvar vidas. “Tanto as que perderemos pela pandemia quanto aquelas que serão atingidas pelo desemprego, violência e fome.”
Ele destacou políticas em defesa do emprego e da renda como a ajuda financeira aos estados e municípios (com adiamento de pagamento das dívidas), linhas de crédito para empresas, auxílio mensal de R$ 600 aos trabalhadores informais e vulneráveis e entrada de cerca de 1,2 milhão de famílias no programa Bolsa Família. “Temos uma missão: salvar vidas, sem deixar para trás os empregos. Por um lado, temos que ter cautela e precaução com todos, principalmente junto aos mais idosos e portadores de doenças preexistentes. Por outro, temos que combater o desemprego, que cresce rapidamente, em especial entre os mais pobres. Vamos cumprir essa missão ao mesmo tempo em que cuidamos da saúde das pessoas.”
OMS
Bolsonaro citou a fala do diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, que disse ontem (30) que há muitas muitas pessoas que têm que trabalhar todos os dias e que essa população precisa ser levada em conta pelo governo. “[O diretor-geral] continua ainda: ‘Se fecharmos ou limitarmos movimentações, o que acontecerá com estas pessoas, que têm que trabalhar todos os dias e que têm que ganhar o pão de cada dia todos os dias?’ Ele prossegue: ‘Então, cada país, baseado em sua situação, deveria responder a esta questão’”, disse o presidente em referência à fala de Tedros Adhanom.
“Não me valho dessas palavras para negar a importância das medidas de prevenção e controle da pandemia, mas para mostrar que da mesma forma precisamos pensar nos mais vulneráveis. Esta tem sido a minha preocupação desde o princípio”, acrescentou o presidente, ao citar trabalhadores informais e autônomos
Nesta terça-feira, pelas redes sociais, o diretor-presidente da organização, sem citar o presidente brasileiro, se manifestou e afirmou que pessoas sem renda merecem ter a dignidade garantida e convocou os países a desenvolverem políticas que forneçam proteção econômica a essas pessoas. “Eu cresci pobre e entendo essa realidade. Convoco os países a desenvolverem políticas que forneçam proteção econômica às pessoas que não possam receber ou trabalhar devido à pandemia da covid-19. Solidariedade”, disse em mensagem retuitada pela OMS.
SAÚDE
Bolsonaro afirmou que o governo está adquirindo novos leitos com respiradores, equipamentos de proteção individual (EPI), kits para testes e outros insumos. Também destacou o adiamento, por 60 dias, do reajuste de medicamentos no Brasil.
O presidente voltou a falar que a hidroxicloroquina parece eficaz contra o novo coronavírus, mas que ainda não há vacina ou remédio com eficiência cientificamente comprovada.
“Na última Reunião do G-20 [grupo das vinte principais economias do mundo], nós, os chefes de Estado e de Governo, nos comprometemos a proteger vidas e a preservar empregos. Assim o farei”, disse.
Bolsonaro destacou o emprego das Forças Armadas no combate ao novo coronavírus e a criação de um Centro de Operações para realizar ações de montagem de postos de triagem de pacientes, apoio a campanhas, logística e transporte de medicamentos e equipamentos de saúde.
O presidente destacou que determinou ao ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, “que não poupasse esforços, apoiando através do SUS todos os estados do Brasil, aumentando a capacidade da rede de saúde e preparando-a para o combate à pandemia”.
Bolsonaro agradeceu ainda os profissionais de saúde e voltou a falar da importância da colaboração de Legislativo, Executivo, Judiciário e sociedade civil para a preservação da vida e dos empregos.