26 de novembro de 2018

Mitsubishi demite brasileiro do cargo de presidente

 Carlos Ghosn foi demitido pela Mitsubishi Motors (EFE/Kimimasa Mayama).

O conselheiro de Administração da Mitsubishi Motors decidiu hoje, 26 de novembro, destituir o brasileiro Carlos Ghosn como presidente, após sua detenção há uma semana como suspeito de cometer irregularidades fiscais relacionadas com seu cargo de executivo da Nissan. 

A direção da Mitsubishi votou pela destituição de Ghosn de suas funções na companhia, depois que a cúpula da Nissan também o demitiu como presidente e anulou todos os seus direitos de representação no Conselho de Administração por causa das supostas irregularidades. 

Ghosn era o principal responsável da Mitsubishi Motors desde 2016, quando esta empresa passou a ser controlada pela Nissan Motor para, mais adiante, se integrar a uma aliança tripa junto com a francesa Renault. 

Ex-presidente da Nissan nega ter sonegado lucros

O empresário franco-brasileiro Carlos Ghosn, 64 anos, ex-presidente da Nissan Motor, negou que tenha sonegado informações, dados e lucros nos relatórios de valores mobiliários da empresa, durante depoimento à Promotoria de Justiça de Tóquio. É a primeira vez que ele se pronuncia sobre as acusações.

As informações são da NHK, emissora pública de televisão do Japão. Segundo informações da emissora, o executivo, que estava preso desde a semana passada, disse que não tinha intenção de falsificar as demonstrações financeiras.

Ghosn e seu assessor Greg Kelly foram presos no último dia 19 por suspeita de subestimar a renda do executivo em milhões de dólares, em um período de oito anos.

O executivo franco-brasileiro é suspeito de instruir Kelly a informar que sua compensação anual era de cerca de 1 bilhão de ienes, o equivalente a US$ 9 milhões.

O conselho de Diretores da Nissan exonerou Ghosn da presidência e Kelly da direção no último dia 22.

*Com informações da NHK, emissora pública de televisão do Japão, e EFE.

 

 

Escrito por: Redação/Agência Brasil