8 de dezembro de 2020

FRENTISTAS E FUNCIONÁRIOS DECIDIRÃO SOBRE GREVE GERAL QUE PODERÁ AFETAR CERCA DE 3 MIL POSTOS DE GASOLINA EM GOIÁS

Milhares de postos de gasolina em Goiás poderão ter trabalhos interrompidos. Foto: Reprodução

Frentistas, gerentes de postos de combustíveis e funcionários de lojas de conveniências de Goiás decidem, nesta quarta-feira (09), sobre a possibilidade de greve geral no Estado. A decisão será tomada em assembleia marcada para às 14h30, na sede do Sindicato dos Empregados em Postos de Combustíveis e Derivados de Petróleo no Estado de Goiás (SINPOSPETRO) e pode atingir mais de 3 mil estabelecimentos. Destes, 1.700 apenas na região metropolitana. 

A categoria reivindica a manutenção de benefícios que foram perdidos durante a pandemia do coronavírus (Sars-coV0-2). Além da perda des cestas básicas, houve também retirada do plano odontológico. Segundo o presidente do Sinpospetro, Hélio Araújo, mesmo com as adversidades, os funcionários continuaram trabalhando, inclusive enfrentando o vírus nos momentos mais críticos da contaminação. 

“Sem postos, sem combustível, toda nossa sociedade entra em colapso, sem combustível para os transportes, para levar alimentos, remédios, transportar doentes. Mesmo assim, mesmo com todas as dificuldades, enxergamos dos donos de postos retirando direitos adquiridos, descumprindo a convenção, não pagando direitos fundamentais como a cesta básica. Por isso, a categoria vai decidir em Assembleia Geral qual rumo irá tomar diante dessas medidas”, completou Hélio Araújo. 

O presidente do Sidicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Goiás (Sindiposto), Márcio Andrada afirma que as portas para negociação nunca foram fechadas e que continuam abertas. Diz que a pandemia não permitiu que as reivindicações propostas fossem atendidas. “A grande maioria dos empresários não suspendeu os benefícios. O que acontece é que não temos convenção coletiva vigente e alguns empresários se adequaram de acordo com as necessidades impostas pela crise causada pela pandemia”, completou. 

Andrade explica que a ausência de uma convenção coletiva vigente se deu justamente porque não houve acordo que fosse viável para ambas as partes. Questionado sobre a possibilidade real de greve, disse apenas que irão aguardar a assembleia e acredita que chegarão a uma decisão sábia para a questão. 

Escrito por: Redação/Jornal O Popular