Falta de água em Catalão

Escrito por: Badiinho Filho

O Blog do Badiinho tem recebido nestes últimos dias, inúmeras reclamações sobre o fornecimento de água. Vários setores registram a falta d’água, como é o caso da Avenida Lamartine Pinto de Avelar, que na segunda-feira (25), vários comerciantes reclamaram.  

Na quarta-feira (26), donas de casas do Bairro Castelo Branco, acionaram nossa reportagem, para questionar sobre a falta do fornecimento de água no setor e Bairros vizinhos, como no Loteamento Estrela, Eldorado e Flamboyant.

Nota da Superintendência de Água e Esgoto de Catalão (SAE)

ABASTECIMENTO DE ÁGUA

SAE adquire nova bomba para captação do Ribeirão Pari

A Superintendência Municipal de Água e Esgoto de Catalão (SAE) adquiriu nesta quarta-feira, 27, nova bomba que deve minimizar o problema da estiagem, que tem gerado falta d´água na cidade. O equipamento vai bombear água do Ribeirão Pari para o sistema, cuja oferta de água está comprometida em consequência de três fatores principais: falta de investimento dos antigos gestores, uso indiscriminado da água pela população ribeirinha e a falta de chuva que atinge boa parte do território nacional. O equipamento deve ter a instalação concluída em dois dias, normalizando a oferta de água em Catalão.

A falta de investimento das administrações anteriores para aumentar a oferta de água – mesmo diante de um crescimento médio populacional em torno de 8% ao ano – tem prejudicado a cidade em épocas de seca. Na tentativa de equalizar o impacto, a SAE investiu este ano mais de R$ 1 milhão para ampliar a capacidade da Estação de Tratamento de Água (ETA), aumentando em 30% a oferta de água na cidade.

Por outro lado, a população ribeirinha que utiliza a água dos afluentes do Ribeirão Samambaia para atividades agrícolas e de pecuária não tem feito bom uso da água. De acordo com técnicos da SAE, a maioria dos produtores que utiliza esta água o faz sem autorização  – além de não utilizar o recurso com parcimônia. Em uma visita dos técnicos às nascentes do Ribeirão Samambaia nesta quarta-feira, 27, eles narraram que era possível ver a uma distância de mais de 3 quilômetros um jato d´água de grosso calibre regando uma plantação de tomates. Casos como este se multiplicam nos leitos do rio.

Este uso indiscriminado dos recursos hídricos pelos produtores rurais teve como consequência o secamento de todos os afluentes, sem exceção, do Ribeirão Samambaia. Um relatório da SAE contendo essas e outras informações foi entregue a Ministério Público para que se tomem as devidas providências legais no que diz respeito à regularização destes produtores.

Mesmo diante da instalação da nova bomba e da regularização dos produtores, a SAE pede para que a população evite desperdício de água para que a cidade não sofra consequências ainda maiores neste período de baixos índices pluviométricos. Para tanto, serão veiculadas campanhas a partir de hoje nos veículos de comunicação da cidade, orientando a população para o uso consciente.