ESTUDANTE DE CATALÃO QUE ACHOU ASTEROIDE VAI BATIZÁ-LO DE WALKIRIA: 'MINHA MÃE, MINHA INSPIRAÇÃO'

Uma estudante de Catalão foi destaque nos noticiários do estado após uma descoberta genial. Mariana Milena, de 18 anos, descobriu um asteroide e até foi homenageada na Câmara Municipal de Catalão. Mas quem se sentiu mais homenageada ainda foi a mãe da estudante, Walkiria, nome que o astro deve receber nos próximos anos.

Por enquanto, o asteroide é chamado por um código obrigatório “mms0003”, iniciais da estudante, pois ainda é preciso esperar alguns anos para que o objeto espacial seja batizado.

“Minha mae sempre me apoiou em todas as minhas ideias e sonhos. Agora, nesse mundo de ciência e tecnologia nao foi diferente. Ela me inspirou desde cedo na ciência. Merece essa homenagem porque sem ela eu não estaria aqui”, disse.

Descoberta

Foi pelo site de um projeto do Ministério da Ciência em parceria com a Nasa, no início de março deste ano, que Mariana detectou o asteroide. No programa, os estudantes recebem fotos de uma telescópio que fica no Havaí. Por meio do software Astrometrica, os participantes transformam as imagens em um vídeo, por onde os inscritos procuram os astros.

“É bem complicado procurar esses asteroides porque são pontinhos mínimos na imagem. Tivemos que analisar cada pixel”, contou Mariana.

Em entrevista ao Blog do Badiinho, a jovem revelou a que tem paixão pela ciência desde muito cedo.

“Minhas primeiras memórias sobre a astronomia são as apostilas com gravuras do sistema solar? Eu achava aquilo lindo, maravilhoso. Era uma das aulas que eu mais gostava. Mas eu precisava de um impulso para me engajar na ciência de verdade”, disse.

E o “impulso” tão desejado aconteceu. Em 2020, a jovem catalana ingressou num curso de astronomia, cujo objetivo era engajar mulheres na ciência. A primeira aula deixou a estudante deslumbrada: “eu ficava sorrindo igual criança quando ganha doce”.

Antes mesmo de gostar da astronomia, Mariana era apaixonada pela tecnologia. Quando passou a admirar as belezas do espaço sideral, ela pensou na possibilidade de unir os dois ramos em um: inovações tecnológicas na área da astronomia.

Pensando nisso, a estudante pretende começar ainda nesse ano a faculdade de Engenharia Mecatrônica, na Universidade Federal de Uberlândia (UFU).