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“Temos que respeitar os 94 anos do CRAC de Catalão”, afirma Thadeu Aguiar, novo presidente

O advogado e presidente da OAB Catalão, agora é de fato presidente do CRAC de Catalão. Foto: Badiinho Moisés

Transição de liderança no Leão do Sul

O advogado Thadeu Botega Aguiar, presidente da OAB subseção Catalão, assumiu oficialmente a presidência do Clube Recreativo e Atlético Catalano (CRAC). Ele substitui o ex-prefeito Adib Elias, que deixou o cargo por motivos pessoais após ser nomeado secretário estadual de Infraestrutura.

Apesar da mudança, Adib segue como presidente de honra do clube, enquanto Thadeu passa a exercer a presidência de direito e de fato, com apoio unânime da diretoria.

Enfrentando a crise financeira do clube

Desde 2021, Thadeu já atuava como diretor jurídico do CRAC, participando diretamente da reestruturação do clube. Ele lembrou que, no início do processo, a equipe enfrentava um cenário alarmante: mais de 120 ações judiciais — entre trabalhistas e cíveis — e uma dívida que ultrapassava R$ 18 milhões.

Segundo ele, foi possível reunir essas execuções em um mesmo processo centralizado e, com o uso do Regime Especial de Execução Forçada (RIF), quitar aproximadamente 75% da dívida. “Hoje temos um passivo reduzido e com expectativa de liquidação total em até 24 meses”, explicou.

Estruturação profissional e valorização da base

De acordo com Thadeu, o momento agora é de consolidação da nova gestão com foco na profissionalização do clube. Nesse sentido, uma das prioridades é a formação das categorias de base. As inscrições para as peneiras já estão abertas, e os interessados podem se inscrever por meio do Instagram oficial do CRAC.

“O objetivo é revelar talentos da nossa região e transformar o CRAC em um clube formador, criando novas fontes de receita e fortalecendo nosso capital humano”, destacou o presidente.

Estudo sobre SAF está em andamento

Sobre a possibilidade de transformar o CRAC em uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF), o presidente afirmou que o modelo está sendo avaliado com responsabilidade. Ele destacou que a SAF pode tornar a gestão mais transparente e eficiente, separando o clube social da administração esportiva.

“Não se trata de vender o CRAC. Trata-se de adotar uma forma moderna de gestão, como já fizeram clubes como Iporá e Anapolina. Para nós, pode ser uma alternativa viável no futuro próximo”, afirmou.

Parcerias e independência financeira

Ao comentar sobre o apoio da Prefeitura, Thadeu negou que o clube dependa exclusivamente de recursos públicos. Ele mencionou, por exemplo, a importante contribuição da empresa Adubus Rifértil na reestruturação financeira do clube e na revitalização do Estádio Genervino da Fonseca.

Além disso, adiantou que novas parcerias estão sendo firmadas para o fortalecimento da base. “Queremos ampliar nossos parceiros e manter, sim, a colaboração com o poder público, mas com independência financeira cada vez maior”, disse.

Compromisso com a história do CRAC

Com 94 anos de existência, o CRAC é o time do interior goiano com mais participações na Série B do Campeonato Goiano, além de ter sido o primeiro a disputar a Série C do Brasileiro. Thadeu fez questão de destacar o orgulho e a responsabilidade que carrega ao liderar o clube.

“O CRAC é um patrimônio de Catalão e precisa ser tratado com respeito. Vamos preservar essa história e trabalhar com seriedade para que o clube volte a ser referência no futebol goiano”, finalizou.

Thadeu Aguiar ao lado do Secretário de Esportes de Catalão, Leovil Evangelista, que acompanhou o presidente na entrevista com o Badiinho na Rádio Cultura FM de Catalão. Foto: Badiinho Moisés

Ouça a entrevista concedida ao Badiinho Moisés para a Rádio Cultura FM 101,1: 

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