2 de fevereiro de 2021

TERCEIRIZADOS DA ENEL GOIÁS PODERÃO ENTRAR EM GREVE; SINDICATO DA CATEGORIA CONVOCOU ASSEMBLEIA PARA AMANHÃ, QUARTA-FEIRA (03/02)

De acordo com diretor da STIUEG, em Goiás, Enel conta com cerca de 8 mil trabalhadores terceirizados. Foto: Reprodução

Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas no Estado de Goiás (STIUEG) convocou uma assembleia para o meio dia desta quarta-feira (03/02), no CEPAL, em Goiânia, capital goiana, para ser discutido e votado a possibilidade dos trabalhadores terceirizados da Enel Distribuição de Energia em Goiás entrarem em greve, que de acordo com os diretores do STIUEG, as principais reivindicações, são o reajuste de salários, vale-alimentação e o fim do banco de horas.

“As trabalhadoras e trabalhadores nas empresas terceirizadas da Enel, vem sofrendo achatamento salarial desde a época da Celg. Com a privatização a coisa piorou muito, pois, fora o salário defasado e vale refeição longe do ideal, as trabalhadoras e trabalhadores entram em uma rotina severa de medo, vigilância e opressão. Isso tem adoecido esses trabalhadores, que estão abandonando a profissão em busca de empregos melhores”.

“Diante disso, uma comissão de representantes de trabalhadores, de várias dessas empresas, procuraram o STIUEG pedindo ajuda, e nos prontificamos a levar uma pauta de reivindicações construída por eles até a direção nacional da Enel”.

“Fizemos três reuniões com a empresa e avançamos muito pouco nas negociações, e uma assembleia foi   Convocada para dia 3 de fevereiro para informarmos as trabalhadoras e trabalhadores acerca das negociações com empresa, e deliberar sobre os próximos passos desta luta, que pode culminar em uma paralização”, disse ao Badiinho, Frank Resende, diretor do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas do Estado de Goiás (STIUEG).

Em nota enviada ao Badiinho, “a Enel Distribuição Goiás disse que preza pelo cumprimento de todas as leis trabalhistas e dos acordos firmados com os sindicatos. A companhia ressalta que os colaboradores das empresas parceiras cumprem jornadas de trabalho previstas em lei, de forma que não haja sobrecarga sobre nenhum profissional. A distribuidora esclarece que concentrará esforços para que haja diálogo entre funcionários e suas respectivas empresas parceiras, a fim de garantir que os serviços e o atendimento prestado aos clientes não seja prejudicado”.

“A empresa acrescenta, ainda, que desde 2017, quando assumiu a distribuição de energia em Goiás, houve um adicional de 73% no número de equipes para atendimento em campo. Adicionalmente, a companhia iniciou um robusto plano para implementar uma cultura de segurança com todos os colaboradores goianos. Além da implementação de diversos cursos e reciclagens, houve aumento do número de técnicos de segurança – passando de 14 para 41 técnicos em atividade, acima do exigido pela legislação -, para garantir o uso correto de equipamentos de proteção individuais e coletivos e também a realização de todos os procedimentos para o trabalho seguro e sem acidentes”.

De acordo com o diretor da STIUEG, Frank Resende, atualmente o número de tralhadores terceirzados em Goiás, é de cerca de 8 mil.

 

Escrito por: Badiinho Filho