11 de outubro de 2023

SECRETÁRIO DE INFRAESTRUTURA CONTESTA POSICIONAMENTO DA CMOC BRASIL SOBRE A RODOVIA SEBASTIÃO DE PÁDUA

Rodovia Sebastião de Pádua, a estrada das mineradoras. Foto: Captura de tela/Rodrigo Dourado – Ponto de Vista Catalão

No programa “Café com o Prefeito” da Nova Liberdade FM, realizado nesta quarta-feira, 11 de outubro, o Secretário de Infraestrutura, Luís Severo Gomide, refutou a nota emitida pela mineradora CMOC Brasil,  na última terça-feira (10/10).

A CMOC Brasil emitiu uma resposta às alegações da Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (ABRAVA) sobre a situação da Rodovia Sebastião de Pádua, localizada em Catalão, Goiás. A ABRAVA havia interditado a estrada em busca de melhorias e também alegado que a CMOC tinha uma dívida de Imposto sobre a Transferência de Bens Imóveis (ITBI). A mineradora, no entanto, esclareceu que a questão do ITBI foi resolvida judicialmente a seu favor e que a manutenção da via é responsabilidade da Prefeitura. A CMOC reiterou seu compromisso com a segurança dos usuários da estrada e a busca de soluções para sua melhoria em parceria com as autoridades e empresas locais.

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Luís Severo Gomide afirmou que a nota da CMOC Brasil “não é verdadeira”. Ele explicou que o problema começou em 2008 quando a prefeitura elaborou o primeiro projeto de duplicação e criação de terceiras vias para a estrada, mas ao longo dos anos, o projeto ficou obsoleto devido à evolução das operações das mineradoras e não foi executado. Essa disputa se arrastou até o ano passado.

Segundo Severo, no ano passado, com a chegada da Fertilizantes Tocantins, a CMOC Brasil solicitou à prefeitura a adaptação do projeto para criar um trevo para as empresas que se estabeleceram na região. A prefeitura concordou, desde que a CMOC pagasse pelo projeto, garantindo transparência nos custos. O valor dessa adaptação foi de R$ 50 mil, bancado pela CMOC, eo valor total da obra foi estimado em R$ 14 milhões.

Severo explicou que o prefeito alegou que a prefeitura não poderia arcar com esse custo, pois, em uma análise de custo-benefício, a obra seria muito mais cara do que o benefício esperado. A CMOC fez duas adaptações subsequentes, elevando o custo total da obra para cerca de R$ 20 milhões. Severo justificou que a decisão de não realizar a obra se deve ao fato de que a estrada beneficia principalmente as 11 misturadoras, a CMOC e a Mosaic, apesar de esta última não utilizar a região. Ele mencionou que com o mesmo valor, seria possível recapear diversos bairros de Catalão.

Severo também enfatizou que as mineradoras exploram os recursos da cidade e, portanto, seria justo que contribuíssem para melhorar a infraestrutura, especialmente porque seus colaboradores utilizam a rodovia e a responsabilidade pelo transporte é delas.

Ele revelou que a prefeitura de Catalão autorizou a recuperação asfáltica do trecho entre o Parque de Exposições e o viaduto. No entanto, as obras ainda não começaram devido à construção de um trevo diamante no Posto Comboio. Além disso, no viaduto da Sebastião de Pádua, estão planejados a construção de mais três viadutos. Assim que a Eco050 marcar e iniciar as obras do trevo diamante no Posto Comboio, as obras poderão começar, beneficiando bairros como Vila Maria e Jardim Florença.

Em relação à recuperação da malha asfáltica da rodovia Sebastião de Pádua até a mineradora CMOC Brasil, o prefeito Adib Elias reiterou sua posição de que não usará os recursos dos cidadãos de Catalão para beneficiar 11 misturadoras e uma empresa. Luís Severo Gomide manifestou total apoio ao prefeito nessa questão, afirmando que é importante encerrar essa polêmica. Ele mencionou que não houve propostas significativas da CMOC, exceto a oferta de entregar rejeitos de minério para uso como cascalho, o que representaria apenas uma fração do custo da obra. Severo enfatizou que a prefeitura está disposta a negociar, desde que haja propostas viáveis.

Ouça a entrevista na íntegra:

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