Uma fiscalização da Prefeitura de Catalão terminou em confusão no bairro Margon, nesta semana. A ação ocorreu após denúncias de que uma casa abrigava dezenas de cães em condições precárias. A cuidadora destes animais, uma mulher de 55 anos de idade, reagiu à presença dos fiscais, quebrou uma das motos da equipe e transmitiu a própria prisão ao vivo nas redes sociais.
Além disso, imagens de drone mostraram o imóvel tomado pelo mato e com muitos cachorros, inclusive sobre o telhado. Também havia uma piscina com água parada e grande quantidade de fezes de animais, o que agravava o mau cheiro e confirmava as reclamações dos vizinhos.
Fiscalização termina em confusão
As equipes da Secretaria de Meio Ambiente e da Secretaria de Ação Urbana foram até o local para verificar as denúncias. Assim que chegaram, encontraram a mulher bastante alterada. Durante a discussão, a mulher chutou e danificou uma moto usada pelos fiscais. Por causa disso, os servidores acionaram imediatamente a Polícia Militar.
Quando os policiais chegaram, a moradora iniciou uma transmissão ao vivo e começou a gritar, afirmando que não permitiria a entrada da equipe. Em seguida, ela segurou um cachorro que latia sem parar e tentou impedir a abordagem. Os policiais precisaram intervir, e, após breve resistência, a mulher foi detida e levada para a Delegacia de Catalão, onde recebeu autuação por desacato e dano qualificado.
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Abrigo irregular e notificação
Conforme informou o repórter Matheus Albernaz, da TV Anhanguera, a mulher foi transferida de Catalão para o Presídio Feminino de Orizona. Segundo uma amiga dela, o advogado só deve se manifestar após a audiência de custódia, ainda sem data definida.
A Secretaria de Meio Ambiente esclareceu que, embora as condições fossem precárias, a vistoria não caracterizou maus-tratos aos animais. O espaço, no entanto, funcionava como um abrigo improvisado, sem estrutura e sem autorização legal. Por isso, a moradora recebeu uma notificação para regularizar a situação, caso deseje manter o abrigo ativo. Além disso, o órgão ambiental informou que continuará acompanhando o caso de perto.
Situação preocupa vizinhança
De acordo com os moradores da região, o mau cheiro se intensificava há meses, principalmente nos dias mais quentes. Muitos afirmam que já não conseguiam abrir janelas por causa do odor. A Prefeitura ressaltou que qualquer abrigo de animais precisa cumprir exigências sanitárias e ambientais para garantir o bem-estar dos bichos e a segurança dos vizinhos.
Apesar da boa intenção da mulher em acolher cães abandonados, a falta de estrutura adequada e de licença ambiental acabou transformando o local em um problema de saúde pública. Por essa razão, o caso serve de alerta para quem deseja criar ou manter abrigos de animais em áreas residenciais.
