Objetivo é preservar a saúde dos estudantes diante das altas temperaturas e baixa umidade desta época do ano. Medida é válida até às 17h30, em decorrência da situação de emergência ambiental

O Governo de Goiás determinou a suspensão da participação de alunos da Secretaria de Estado da Educação (Seduc) e dos Colégios Estaduais da Polícia Militar de Goiás (CEPMGs) em desfiles e eventos cívico-militares alusivos ao Dia da Independência do Brasil, 7 de setembro, em todo o estado. A medida, publicada no Diário Oficial desta sexta-feira (6/9), é válida até o horário específico de 17h30, em decorrência da situação de emergência ambiental declarada no Decreto nº 10.503, de 24 de julho de 2024.

Assinado pelo governador em exercício Daniel Vilela, o Decreto nº 10.542, de 5 de setembro de 2024, foi fundamentado no comprometimento da qualidade do ar causado pela baixa umidade e nas condições climáticas adversas. “Esta medida demonstra o cuidado do Estado com a saúde e o bem-estar dos alunos. Juntamente com o governador Ronaldo Caiado e a secretária de Educação, Fátima Gavioli, buscamos garantir a segurança de todos”, afirmou Daniel Vilela.

Ainda segundo diretrizes do decreto, a participação dos alunos e servidores da Seduc e dos CEPMGs em eventos após o horário estabelecido no decreto será permitida somente após uma avaliação das condições climáticas do dia, levando em consideração fatores como baixa umidade do ar e outros elementos meteorológicos que possam colocar em risco a segurança e o bem-estar dos participantes.

Além disso, o decreto determina que os responsáveis pelos eventos com a participação da Seduc devem garantir meios de hidratação para os participantes, especialmente para os alunos, e fornecer orientações para que a ingestão de líquidos seja constante e suficiente durante a realização das atividades.

Recomendações
Por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), o Governo de Goiás alerta a população goiana sobre os riscos à saúde causados pela combinação de altas temperaturas, baixa umidade do ar e a presença de fumaça decorrente das queimadas. Na última semana, a umidade sempre esteve abaixo dos 20% no estado. Em Goiânia o índice foi 8% nesta quinta-feira (6/9). De acordo com o Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo), a situação exige cuidados redobrados nos próximos dias.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera como situação de alerta quando a umidade relativa do ar cai para menos de 30%. Por isso, deve-se evitar atividades físicas externas no período de maior exposição ao sol. De acordo com o Ministério da Saúde, durante a seca, a população deve evitar exercícios físicos ao ar livre entre 10 horas da manhã e quatro da tarde.

No último dia 30, o governador Ronaldo Caiado também declarou situação de emergência em 20 municípios goianos afetados por “incêndios em áreas não protegidas, com reflexos na qualidade do ar”. O decreto nº 10.539 tem vigência por 180 dias e abrange 20 cidades: Anápolis, Caldas Novas, Ceres, Goianésia, Goiânia, Inhumas, Iporá, Itaberaí, Itumbiara, Jaraguá, Luziânia, Morrinhos, Palmeiras de Goiás, Pires do Rio, Quirinópolis, Rialma, Santo Antônio do Descoberto, Senador Canedo, Silvânia e Trindade.

Publicado por: Maria Eduarda Furtado – Estagiária do curso de Letras Português/Inglês da UFCAT. Com informações da Secretaria de Comunicação – Governo de Goiás.

Em Goiás não chove há quase 5 meses. Diante da seca severa em todo o país, é recomendada a redução do uso em todas cidades goianas

O Brasil vive a pior estiagem dos últimos 44 anos. Em Goiás não chove há 133 dias, em função disso a vazão dos rios diminuiu drasticamente. As altas temperaturas e os recordes de baixa umidade elevaram consideravelmente o consumo de água. De acordo com a Saneamento de Goiás S.A. (Saneago), os sistemas de abastecimento operam dentro da normalidade nos 223 municípios onde ela atua. No entanto, a situação é preocupante e a recomendação à população é de uso consciente de água.

Comparando a crescente do consumo em Goiânia, nos meses de julho dos últimos 5 anos, o aumento foi de aproximadamente 1.3 bilhão de litros. Por outro lado, o volume de chuvas vem diminuindo ano após ano. Na capital, conforme dados do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo), não há registros de chuva desde o dia 25 de abril. Já são 15 meses consecutivos com a cidade batendo recordes de altas temperaturas. Ou seja, a demanda por água aumentou, mas os mananciais não se recuperaram na mesma proporção, perdendo sua sustentabilidade.

De acordo com dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), esse é o nono maior período sem chuvas já registrado na capital desde que as medições começaram a ser realizadas, em 1961. O índice deste ano em Goiânia já é quase o dobro do mesmo período do ano passado, quando não choveu durante 67 dias.

A Saneago ressalta que a atual situação climática afeta diretamente o abastecimento público. Até que as chuvas retornem, é imprescindível que todos diminuam seu consumo. A empresa mantém o menor índice de desperdício na distribuição de água em todo o Brasil e investe nas melhorias dos sistemas de abastecimento e em ações operacionais, como perfuração de poços e interligação de sistemas. Porém, sem água nos mananciais, a Saneago fica sem sua matéria-prima para captar, tratar e distribuir à população.

O que fazer?

Água potável é essencial para a vida humana, para que todos tenham acesso, a Saneago recomenda seu uso apenas para o estritamente necessário. Regue o jardim em horários de maior eficiência, com temperatura mais amena, como no início da manhã ou no final da tarde. Verifique as instalações internas para a identificação e conserto de possíveis vazamentos. Tome banhos mais curtos e use a máquina de lavar roupas apenas quando acumular a maior quantidade de vestimentas possível para caber no eletrodoméstico. Reaproveite a água da lavagem para outros usos dentro de casa. Lave o carro somente em caso de extrema necessidade.

Publicado por Maria Eduarda Furtado – Estagiária do curso de Letras Português/Inglês da UFCAT – Com informações da Secretaria de Comunicação e Saneago – Governo de Goiás.