Um grupo formado por sete comerciantes de Catalão de variados segmentos, se uniram e criaram um Comitê para discutirem os impactos causados pelo fechamento das atividades econômicas na cidade, que foi determinado por meio de Decreto Municipal que passou a valer na última sexta-feira, 19 de fevereiro, devido ao crescimento de casos e mortes de Covid-19 em Catalão.
Em entrevistas para emissoras de rádios local, membros deste comitê afirmaram que foi feita uma carta, na qual demonstra que o comércio não é o fator que dissemina o vírus, classificando o maior fator de disseminação da Covid-19, as aglomerações em resenhas familiares contando com pessoas fora do âmbito de convivência familiar, e também, devido à falta de ocupação de muitas pessoas que trabalham nos comércios, pois segundo eles, como muitas pessoas não estão trabalhando, ao invés de ficarem em casa, arrumam algo para fazer e acabam gerando aglomerações e levando o vírus para suas casas e contaminando seus familiares.
Membros deste comitê tiveram reunião com o secretário municipal de Saúde de Catalão, Velomar Rios, na manhã de ontem, onde puderam entregar a carta a ele, além de fazerem suas explanações. A carta também foi entregue ao Promotor de Justiça de Catalão, Dr. Fernando Rosa, que lhes prometeu uma resposta nas próximas horas.
De acordo com o que foi falado na entrevista pelo presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Catalão (Sindilojas) de Catalão, Geraldo Rocha, eles também foram recebidos pelo Prefeito Adib Elias (POD) na última quarta-feira (24). Rocha afirmou que o grupo foi muito bem recebido pelo Chefe do Executivo, recebendo a carta e ouvindo a demanda dos empresários, pedindo-lhes que aguardem a publicação do Mapa de Calor da Covid-19 a ser feita pela Secretaria de Estado Saúde (SES-GO) nesta sexta-feira (26), que auxiliará nas próximas medidas a serem tomadas.
O comitê disse que é compreensivo com a posição dos prefeitos, que para eles, foram pressionados pelo Ministério Público para tomarem decisões de fechamento das atividades econômicas, isso diante uma possível responsabilização criminal, sem alternativas, se viram sem saídas, e tiverem que tomar suas decisões
Além de pedido de reabertura dos comércios e prestação de serviços, a carta ainda pautou os seguintes tópicos:
-Fiscalização de aglomerações informais, sejam diurnas ou noturnas, e aos finais de semana e feriados;
-Incremento das equipes de fiscalização;
-Realização de campanha municipal reforçando as consequências negativas para quem não segue as recomendações para evitar a propagação do vírus;
-Realização de campanha municipal divulgando o número do Disk Denúncia COVID;
-Feedback diário das fiscalizações realizadas pela prefeitura em relação às denúncias de não cumprimento das regras impostas pelo Decreto Municipal;
-Abertura 2 (duas) vagas permanentes junto ao Comitê de Enfrentamento ao Covid para representantes do setor empresarial;
-Solicitação junto ao Ministério Público para que possa ajudar os comerciantes catalanos na luta contra a proliferação ao Vírus e também na luta pelo salvamento de CNPJs. Sendo assim, esperamos que o Ministério Público:
-Considere em seu próximo parecer sobre a questão do enfrentamento à COVID em Catalão a importância da participação da CLASSE EMPRESARIAL no Comitê de Enfrentamento ao Coronavírus, através de 2 (dois) representantes;
-Considere os danos gravíssimos causados por Decretos de interrupção de funcionamento do segmento comercial e de prestação de serviços em sua próxima recomendação ao Poder Público Municipal;
-Recomende incremento significativo na estrutura de fiscalização em relação aos eventos informais que efetivamente ajudam na disseminação do vírus, já que comerciantes responsavelmente acatam o decreto, mas a população segue sem respeitar por falta de fiscalização e punição exemplar.
LEIA A CARTA NA ÍNTEGRA:
Escrito por: Badiinho Filho
