15 de setembro de 2020

MP-GO ACIONA MUNICÍPIO E POSTO JK EM CATALÃO POR OCUPAÇÃO IRREGULAR; NA AÇÃO, É PEDIDO A DEMOLIÇÃO DE UMA BORRACHARIA

Borracharia (dir.) foi construída em área da Rua L1, Loteamento JK. Foto: Google Maps/Reprodução.

O Ministério Público de Goiás (MP-GO), por meio da 3ª Promotoria de Justiça de Catalão, propôs ação civil pública para que o Posto JK, localizado no loteamento de mesmo nome, promova a demolição de uma borracharia construída em área pública que integra a Rua L1. Em caráter liminar, é pedido que o município de Catalão não autorize nova construção no imóvel e que seja determinada ao posto a proibição de edificar nova estrutura física ou reformar a área onde funciona a borracharia.

De acordo com o promotor de Justiça Roni Alvacir Vargas, autor da ação, em setembro do ano passado, a promotoria local recebeu denúncia anônima de ocupação irregular de via pública pelo estabelecimento comercial conhecido como Posto JK. A informação foi de que a invasão da área já ocasionou, inclusive, acidentes automotivos. Após apuração dos fatos, incluindo relatório elaborado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Catalão, verificou-se que “houve invasão da área ocupada pelo Posto JK no prolongamento da Rua L1, com a instalação das estruturas da borracharia, em uma área de 350,66 m²”.

Desse modo, o MP buscou resolução do problema pela via consensual, com a proposta de assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), no qual o estabelecimento reconheceria sua responsabilidade e teria, como principal obrigação, a desocupação da área pública utilizada indevidamente. No entanto, os representantes do posto recusaram-se a assinar o acordo.


CONSTRUÇÕES IRREGULARES

Assim, o promotor solicitou que o Cartório de Registro de Imóveis e a Secretaria Municipal de Obras de Catalão prestassem esclarecimentos sobre a área. De acordo com a secretaria, algumas edificações do posto extrapolam os limites de suas divisas legalmente registradas, tendo a parte coberta do setor de bombas e a borracharia sido construídas, em sua integralidade, em áreas para as quais não se comprovou a titularidade.

Pela apuração, ficou constatado que a área do terreno do Posto JK registrada em cartório é de 11.800 m². Já a área medida do terreno é de 12.923,40 m² e, atualmente, o estabelecimento ocupa uma área que totaliza 13.297,58 m². Roni Alvacir esclarece ainda que, apesar de não ser objeto desta ação, por se tratar de questão relacionada à rodovia federal BR-050, e, portanto, de competência da Justiça Federal, também foi verificada ocupação e invasão de área de 12,60 m² da faixa de domínio da rodovia e construção de área de 429,40 m² em faixa non aedificandi (espaço onde não é permitido construir).

Para o promotor, ao se constatar a obstrução e a ocupação irregular desses espaços, nota-se que “o município, gestor dos bens públicos, descurou de sua obrigação legal, permitindo, por negligência (falta de fiscalização eficaz e mau funcionamento do serviço público), que a coletividade fosse despojada da fruição de área de bem comum do povo, em prol do particular”.

No mérito da ação, é pedido ainda que o município de Catalão restabeleça o pavimento asfáltico da via pública Rua L1 e promova a adequada sinalização horizontal e vertical do trânsito no local, delimitando a área privada do Posto JK em relação às vias públicas que a circundam. (Texto: Cristina Rosa/Assessoria de Comunicação Social do MP-GO – Foto: Google Street View).


HÁ QUASE 1 ANO ATRÁS, BADIINHO ABORDOU O ASSUNTO 

Há quase um ano atrás, quando o assunto da construção dos viadutos estava acalorada nas redes sociais, o Blog do Badiinho, publicou uma matéria sobre as construções irregulares na Avenida L1 do referido posto de combustíveis citado na ação do MP-GO, matéria essa que foi escrita e publicada pelo próprio Badiinho no dia 29 de outubro do ano passado. Releia abaixo:


VEREADORES DE CATALÃO TENTAM TRANSFORMAR PROBLEMA DOS ACESSOS DO CASTELO BRANCO E PONTAL NORTE, EM TRAMPOLIM POLÍTICO

Extensão da Avenida L1, que era para ser de encontro com o trevo de acesso ao Bairro Castelo Branco, têm seu proseguimento impedido por decorrência de uma edificação de um posto combustíveis de propriedade privada, que existe há cerca de 40 anos. Foto: Badiinho

Com a repercussão ganhando proporções gigantescas nas redes sociais a respeito de como ficarão os acessos dos bairros Castelo Branco e Pontal Norte, com as obras de duplicação da BR 050 chegando no perímetro urbano, está comum ver alguns parlamentares segurarem os seus smartphones para fazerem vídeos a respeito do tema, ou até mesmo olhando para as plantas dos projetos rejeitados pela população, ou fazendo uma pose para fotos ao lado de representantes da concessionária que administra a rodovia.

O fato é, que nada mais nada menos, tentam tirar uma casquinha na tentativa de se promoverem politicamente, mas o interessante, é que nada de conclusivo está sendo apresentado pelos parlamentares, a exemplo disso, é porque esses nobres vereadores não utilizam as prerrogativas dos seus respectivos cargos, para saberem a respeito daquela não continuidade da Avenida L1, tomada por edificação de um posto de combustíveis de propriedade privada, e que impede há vários anos, o prosseguimento da Avenida L1 até o trevo de acesso ao Bairro Castelo Branco, sendo obrigado os moradores dos 11 setores, a trafegarem dentro das dependências do posto, os quais se misturam com funcionários e veículos pesados.

Engana-se quem pensa que o povo não observa esses detalhes.

VEREADORES DE CATALÃO TENTAM TRANSFORMAR PROBLEMA DOS ACESSOS DO CASTELO BRANCO E PONTAL NORTE, EM TRAMPOLIM POLÍTICO

 

Escrito por: Badiinho Filho