GRUPO DE PAIS FAZEM MOVIMENTO PEDINDO RETORNO DAS AULAS PRESENCIAIS EM SISTEMA HÍBRIDO NAS ESCOLAS PARTICULARES DE CATALÃO; CARREATA MARCADA PARA HOJE, FOI SUSPENSA, E O BADIINHO CONVERSOU COM ALGUNS PROPRIETÁRIOS DE INSTITUIÇÕES DE ENSINO DA REDE PRIVADA, OUVINDO SUAS OPINIÕES

Está sendo divulgado nas redes sociais, especificamente na rede social de compartilhamentos de mensagens (Whatsapp), mensagem com convocação para uma carreata, a qual está sendo organizada por um grupo de pais que pedem o retorno das aulas presenciais nas escolas particulares de Catalão, porém, tivemos o conhecimento de que essa carreata que ocorreria hoje foi cancela.

De acordo com membros desse grupo de pais de alunos que organizavam o evento, a carreata programada para hoje, quarta-feira (03), cuja a concentração de veículos seria a partir das 15 horas na Av. Doutor Lamartine Pinto de Avelar, a mesma foi cancelada, pois de acordo com uma integrante,  o Secretário Municipal de Saúde, Velomar Rios, teria entrado em contato com uma mãe pertencente a este grupo, o qual teria se comprometido que seria dado um posicionamento referente ao assunto até o final desta semana.

Para o Badiinho, o Secretário de Saúde Velomar Rios, disse que explicou para a pessoa que segue as notas técnicas da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), afirmando que solicitou junto a assessoria jurídica da Secretaria Municipal de Saúde do município, para fosse levantadas todas as informações na nota técnica de recomendações do Centro de Operações de Emergências (COE) em Saúde Pública de Goiás para Enfrentamento ao Coronavírus que autorizou o retorno das aulas presenciais em sistema híbrido no final do ano passado, afim de ser repassada tais informações ao Prefeito Adib Elias, para que o assunto possa ser incluído na pauta de discussões do Comitê de Enfrentamento, para ser avaliado e debatido para decisões futuras.

SOBRE O MOVIMENTO DE PAIS DE ALUNOS

 De acordo com uma participante do grupo de pais, o movimento foi iniciado em fevereiro, com o objetivo de solicitar parecer positivo das autoridades locais, a autorização para a reabertura de forma hibrida, que de acordo com ela, são mais de 200 pais fazendo parte do movimento, afirmando que nos protocolos entregues na Prefeitura e no MP, o documento conta com mais de 400 assinaturas. “Não queremos o retorno a qualquer custo, queremos ele seguro e de forma facultativa, como já ocorrem em outras cidades”, afirmando ela que é uma opção para os pais que optarem em levar seus filhos nas escolas que tiverem cumprindo todos os protocolos, destacando a necessidade de ser incluindo a pauta como serviços essenciais.

OPINÕES DE ALGUNS PROPRIETÁRIOS DE ESCOLAS PARTICULARES 

O Badiinho também conversou com os proprietários de algumas escolas particulares de Catalão, para ouvir a opinião do seguimento.

O proprietário do Colégio Veratz, Marcelo Alcântara, disse ao Badiinho que o seu “posicionamento é aguardar decisão do Comitê de Enfrentamento, portanto, das nossas autoridades. Sei que em muitas cidades com calamidade e lockdown as aulas seguem com 30% da capacidade por série. Goiânia é um exemplo. Quanto a carreata, sou a favor de qualquer manifestação democrática. E é preciso sensibilizar as autoridades e o Comitê que liberaram o comércio e funcionamento de indústria, bem como eventos com 150 pessoas (com bebida alcoólica, som, conversa alta e muita emissão de perdigoto contaminante). Todas as escolas particulares de Catalão estão adequadas ao retorno às aulas híbridas desde abril de 2020”.

Já o sócio proprietário do Colégio Aprov de Catalão, Ranieri Ribeiro, disse ao Badiinho, o seu posicionamento foi o seguinte: “Em novembro do ano passado, o Centro de Operações de Emergências (COE) em Saúde Pública de Goiás para Enfrentamento ao Coronavírus já havia orientado a volta das aulas presenciais de forma híbrida, e a princípio com 30% dos alunos em sala. Em vários lugares de Goiás tivemos a retomada por meio desse sistema ainda no ano passado, como Goiânia por exemplo, e nesse ano em outros lugares, dando um exemplo próximos a nós, as cidades de Pires do Rio e Caldas Novas. Mas a questão é a seguinte, nesse momento, com a cidade como está, e tudo que estamos vivendo, com o caos e a situação de calamidade, não pretendemos voltar as aulas não”, afirmou Ranieri Ribeiro.

Ranieri ainda afirmou, que é importante a ciência do Poder Público Municipal de Catalão deste documento do COE descrito em novembro, para eles receberem as devidas orientações para quando o retorno acontecer, pois de acordo com ele, esse retorno precisa acontecer, isso quando as coisas melhorarem, quando a cidade mudar de estágio, quando a doença tiver mais controlada, enfim, “a gente precisa sim pensar na volta”, e em todos os cuidados que estão descritos que as escolas terão que atender.

“Primeiro, quem determina essa volta não é escola, pais, e eventualmente pessoas que estão se manifestando, essa volta já foi determinada pelo COE, a questão é porém, como se adequar a isso, e esperamos que o município se manifeste”, disse Ranieri ao Badiinho.

O proprietário do Aprov, também destacou que neste ano de 2021, ninguém irá obrigar alunos de irem as aulas presenciais, e a decisão da presença dos alunos na escola, ela é unicamente e exclusivamente da família, isso sendo de 30%, 50%, 70 ou até mesmo de 100%, “esse ano ninguém irá obrigar aluno nenhum a ir a aula, por uma série de motivos, primeiro porque não existe uma vacina testada para crianças e adolescentes, e provavelmente nenhuma criança e adolescente será vacinada, e isso por si só já é motivo, afirmando ele que a decisão de enviar as crianças para a escola ou se ela permanecerá assistindo aulas de modo online, é somente da família.

POSICIONAMENTO DO PRESIDENTE DO COMITÊ DE ENFRENTAMENTO AO CORONAVÍRUS EM CATALÃO, DR.FRANCO NERO, MÉDICO INFECTOLOGISTA

O Médico Infectologista, presidente do Comitê de Enfrentamento ao Coronavírus, Dr. Franco Nero Tristão, em uma entrevista para uma emissora de rádio local, ao debater o assunto, disse o seguinte: “Quando se fala na questão da escola, a primeira coisa eu vejo, é a criança indo para a escola, onde eles vão se socializar bastante, é um ambiente onde terão muito contato físico, daí se uma criança chegar contaminada dentro de uma sala de aula, ela vai contaminar mais três, quatro, cinco dependendo, uma das primeiras pessoas que vai ser vítima desse contágio é o professor, então nós teremos baixa de professores na educação, como nós tivemos baixa de vários funcionários da saúde”.

“Pensem bem aqueles pais que estão defendendo esse retorno, essa criança ao chegar na sua casa, você que é adulto, que é uma das principais vítimas do coronavírus, essa criança vai ser uma fonte de contaminação para pais, para tios, as vezes a criança fica na casa do avós. A educação ela é primordial na vida de todos, mas, esse momento não é o momento normal das nossas vidas. Para que vocês tenham uma ideia, no ano passado, na China quando ela controlou o coronavírus lá, que se abriu as escolas, uma semana depois, o aumento da velocidade da transmissão foi alto. Quando Manaus controlou aquela primeira crise que eles tiveram lá, quando conseguiram baixar os índices de transmissão, que foram liberadas as escolas, aconteceu igual lá na China. “Eu quero ver os meus filhos na escola, eu quero, eu sinto que eles precisam disso, mas precisa disso no momento certo, mais antes precisamos controlar essa pandemia para pensar no momento certo dos nossos familiares, dos nossos filhos voltarem para as salas de aulas. Eu particularmente, tenho três filhos, eu não irei manda-los, seja o que for decido, pois o meu grande medo, e estou falando como profissional que lida cara a cara todos os dias com o vírus, e estamos assustados com os índices e casos que estamos tendo”, disse Dr. Franco Nero Tristão, Médico Infectologista e presidente do Comitê de Enfrentamento ao Coronavírus na cidade de Catalão.

 

Escrito por: Badiinho Filho