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Goiás e Japão firmam parceria para exploração de terras raras

O governador Ronaldo Caiado recebeu, nesta quinta-feira (28/8), no Palácio Pedro Ludovico Teixeira, uma comitiva da Embaixada do Japão no Brasil para discutir parcerias na exploração de óxidos de terras raras (OTR). O encontro, segundo ele, marcou um avanço decisivo nas negociações e, ao final, ficou definido que a interlocução será conduzida pela embaixada japonesa em Brasília.

Parceria estratégica

Governador Ronaldo Caiado e a comitiva da Embaixada do Japão. Foto: Walter Folador

As reservas goianas representam cerca de 25% da disponibilidade mundial desse minério, que é essencial para tecnologias de ponta e para a transição energética. Além disso, Caiado destacou que o objetivo não é apenas exportar matéria-prima, mas também avançar nas etapas de processamento e refino, hoje dominadas pela China.

“Precisamos da sensibilidade para que essas fases sejam implantadas em Goiás, atraindo tecnologia e investimentos”, afirmou. O governador ressaltou ainda que o Estado é ágil no licenciamento e, por isso, garante autorizações em até três meses.

Interesse japonês

O embaixador do Japão, Teiji Hayashi, ressaltou a importância da visita. “Viemos com uma equipe completa para aprofundar colaborações na área de terras raras”, disse. A comitiva cumpre agenda nesta sexta-feira (29/8), quando visitará a mineradora Serra Verde, em Minaçu, e a planta fabril da Aclara Resources, em Aparecida de Goiânia. Além disso, o grupo também participará de reuniões institucionais.

O diretor do Mineral Resources Division, Yuzo Yamaguchi, reforçou o potencial goiano. “Entre todas as nossas análises, vimos aqui uma grande chance de atender à demanda japonesa por terras raras pesadas, insumos fundamentais para ímãs, motores e eletrônicos de alta tecnologia”, destacou. Dessa forma, ele sinalizou confiança na cooperação com o estado.

Avanços legais e investimentos

Durante o encontro, Caiado lembrou a sanção da Lei nº 23.597, que institui a Autoridade Estadual de Minerais Críticos. A medida cria governança para todas as etapas da mineração e, além disso, possibilita a criação de um fundo de pesquisa.

“O governo japonês, com sua tecnologia, poderá participar dessas etapas ou contribuir para esse fundo, ampliando nossa capacidade científica”, completou.

Esse avanço fortalece investimentos já em andamento no estado. Em Minaçu, por exemplo, a Serra Verde produz em escala comercial elementos como disprósio, térbio, neodímio e praseodímio. Em Nova Roma, o projeto de processamento de argilas iônicas deve alcançar R$ 2,8 bilhões em aportes, com previsão de 5,7 mil empregos. Já em Aparecida de Goiânia, a Aclara Resources inaugurou este ano uma planta fabril com investimento inicial de R$ 30 milhões.

Missão comercial

As tratativas tiveram início durante missão oficial do governo goiano ao Japão, realizada em julho. Em Tóquio, Caiado se reuniu com o ministro da Economia, Comércio e Indústria, Ogushi Masaki, que manifestou interesse em estreitar laços estratégicos.

Para o secretário-geral de Governo, Adriano da Rocha Lima, Goiás busca ir além da exportação de concentrado mineral. “Queremos desenvolver toda a cadeia de valor das terras raras no estado, agregando tecnologia e empregos, e reduzindo a dependência da China”, concluiu.

Badiinho Moisés
Badiinho Moisés
Blogueiro há 15 anos, proprietário da empresa Badiinho Publicidades, e também repórter de rádio e televisão na emissora Cultura FM 101,1, em Catalão-GO.

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