24 de setembro de 2022

GOIÁS CONFIRMA PRIMEIRO CASO DE VARÍOLA DOS MACACOS EM BEBÊ DE 11 MESES DE VIDA

Imagem de pessoa infectada pela varíola dos macacos — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Goiás registrou o primeiro caso de varíola dos macacos em um bebê, segundo informe da Secretaria de Estado de Saúde (SES) divulgado nesta sexta-feira (23). De acordo com o documento, o bebê é um menino.

Ao todo, Goiás já registrou 453 casos, sendo que 437 pacientes são homens (96,5%) e 16 são mulheres, todos entre 0 e 64 anos de idade. A secretaria já descartou 579 casos investigados e ainda apura outros 399 pacientes que estão com a suspeita da doença. O estado não registrou nenhum óbito pela doença.

Ao Badiinho, a assessoria de comunicação da SES-GO informou que a criança é de Águas Lindas de Goiás e tem apenas 11 meses de vida.

No penúltimo boletim, divulgado na quarta-feira (22), o paciente mais novo com registro da doença possuía 3 anos de idade. Até esta sexta-feira, 27 municípios registraram casos de varíola dos macacos. São eles: Águas Lindas de Goiás; Anápolis; Anicuns; Aparecida de Goiânia; Aragoiânia; Bom Jesus de Goiás; Caldas Novas; Campos Belos; Catalão; Cidade Ocidental; Cristalina; Goianápolis; Goiânia; Inhumas; Itaberaí; Jaraguá; Jataí; Luziânia; Novo Gama; Planaltina; Rio Verde; Santa Helena de Goiás; Senador Canedo; Trindade; Uruaçu; Uruana; Valparaíso de Goiás.

Em agosto desse ano, a pasta divulgou um plano de contingência informando que o estado havia atingido situação de emergência em saúde pública, quando Goiás atingiu a marca de 160 casos. Na época, a SES-GO dividiu a situação da doença em três níveis, sendo que o estado estava no Nível III.

-Nível I – Alerta: corresponde a uma situação em que o risco de introdução da doença seja elevado e não apresenta casos suspeitos.

-Nível II – Perigo Iminente: detecção de caso suspeito de varíola dos macacos e/ou caso confirmado com transmissão alóctone (importado), sem registro de casos secundários (contatos).

-Nível III – Emergência de Saúde Pública: situação em que há confirmação de transmissão local.


Sintomas da varíola dos macacos

-febre;

-dor de cabeça;

-dores musculares;

-dor nas costas;

-gânglios (linfonodos) inchados;

-calafrios;

-exaustão.


Transmissão da doença

Por contato com o vírus: com um animal, pessoa ou materiais infectados, incluindo através de mordidas e arranhões de animais, manuseio de caça selvagem ou pelo uso de produtos feitos de animais infectados. Ainda não se sabe qual animal mantém o vírus na natureza, embora os roedores africanos sejam suspeitos de desempenhar um papel na transmissão da varíola às pessoas.

-De pessoa para pessoa: pelo contato direto com fluidos corporais como sangue e pus, secreções respiratórias ou feridas de uma pessoa infectada, durante o contato íntimo – inclusive durante o sexo – e ao beijar, abraçar ou tocar partes do corpo com feridas causadas pela doença. Ainda não se sabe se a varíola do macaco pode se espalhar através do sêmen ou fluidos vaginais.

-Por materiais contaminados que tocaram fluidos corporais ou feridas, como roupas ou lençóis;

-Da mãe para o feto através da placenta;

-Da mãe para o bebê durante ou após o parto, pelo contato pele a pele;

-Úlceras, lesões ou feridas na boca também podem ser infecciosas, o que significa que o vírus pode se espalhar pela saliva.

 

Publicado por: Badiinho Moisés/Texto: G1 Goiás com edições feitas pelo Badiinho