16 de outubro de 2020

ESTRATÉGIA: FUNCIONÁRIOS DA FAGUNDES EM GREVE FAZEM CARREATA EM CATALÃO

Em greve desde à meia noite do dia 13 de outubro, os funcionários da Fagundes, terceirizada da CMOC, fizeram uma carreata pelas ruas do centro de Catalão. Com o apoio da Força Sindical, a estratégia foi para chamar a atenção da população às suas reivindicações.

Durante movimento, Carlos Albino fala com trabalhadores

As primeiras negociações giraram em torno de 25 reivindicações. O SITCEP, Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada, destacou as principais: equiparação do vale card entre todos os funcionários e também no Plano de Saúde, aumento salarial de 7%, turno de 4X4 em revezamento, PLR (Participação nos Lucros e Resultados) de 2020 em 50% do salário de cada um como as principais.

 

 

Já houve reuniões intermediadas pela Justiça do Trabalho, porém não houve avanços. Ontem, a empresa apresentou sua proposta. O reajuste salarial de 3, 31% (os funcionários queriam 7%), o vale card, a empresa propôs a equiparação, porém dividida em 36 vezes com correção a cada 6 meses. Sobre o revezamento de turno, a empresa diz que os funcionários foram consultados, mas eles negam. E sobre a equiparação do Plano de Saúde não houve avanços.

 

A expectativa é que os trabalhadores permaneçam acampados em um canteiro de um dos trevos de acesso às mineradoras junto à BR-050, porém o trânsito na rodovia permanece sem alteração. À noite, a expectativa é que haja o balanço das atividades realizadas no dia.

Paralelo ao movimento, o diretor Sindical do SITCEP, Luiz Carlos de Barros, disse que foi convocado para uma reunião na Vara do Trabalho. Ele disse, porém que o assunto não foi adiantado.

Em nota, a empresa Fagundes disse que conforme acordo judicial assinado pelo STICEP e homologado pela justiça do trabalho de Catalão em setembro de 2019, a partir de abril de 2020 a FAGUNDES deveria seguir o que determina a Convenção Coletiva do STICEP no estado de Goiás. Disse ainda que jamais se negou a ouvir, negociar e formular propostas compatíveis com o histórico de negociações anteriores, entendendo a importância de preservar os interesses, a vida e a saúde de seus trabalhadores. A Fagundes disse ainda que nunca deixará de respeitar os movimentos de seus empregados e estará sempre disposta a ouvi-los. Disse que o movimento não tem maioria, o que os líderes contestaram. Disseram que a empresa emprega 900 trabalhadores e tem 270 caminhões. Com a paralisação, apenas 7 veículos fizeram o trabalho nas duas minas de nióbio (veículos próprios). Os funcionário dizem também que as negociações com a empresa vem se arrastando desde o mês de abril. Um deles, que preferiu não se identificar, disse que seu plano de saúde não cobre a integralidade dos procedimentos. “Paguei R$ 250 por uma consulta com oftalmologista, mesmo tendo plano de saúde”.

 

Escrito por: Cristina de Mesquita