Em uma iniciativa que reforça o compromisso do Governo de Goiás com a educação e a formação de talentos, o vice-governador Daniel Vilela lançou, nesta quarta-feira (12), o programa Goiás pelo Mundo. A ação, vinculada ao Goiás Social, vai levar mais de dois mil estudantes, professores e pesquisadores para experiências acadêmicas no exterior.
“É um investimento em educação, em ciência, em pessoas — no capital humano. Queremos que Goiás tenha profissionais altamente qualificados, preparados em todas as áreas, especialmente nas voltadas à tecnologia, com fluência em outros idiomas”, destacou Daniel.
Goiás preparado para competir globalmente
Segundo o vice-governador, o objetivo é posicionar Goiás entre os estados mais preparados para competir no cenário internacional da educação e da inovação.
“Temos visto resultados altamente positivos em programas semelhantes, realizados por outros países e estados. Queremos que Goiás seja o estado com o maior número de pessoas se qualificando fora do país. Isso naturalmente trará resultados de grande satisfação e produção para nós”, afirmou.
Primeiras viagens começam em 2026
O programa contemplará estudantes, professores, pesquisadores e servidores públicos com intercâmbios, bolsas de mestrado em universidades de ponta e apoio à participação em missões de pesquisa e eventos internacionais.
A primeira turma embarca em janeiro de 2026, com 39 alunos das Escolas do Futuro de Goiás (EFGs) — vencedores da 1ª Olimpíada de Inteligência Artificial Aplicada. Eles farão intercâmbio de um mês em Sydney, na Austrália, com todas as despesas custeadas pelo governo estadual.
“Esse é um projeto que vai abrir a cabeça dos nossos estudantes, que terão a oportunidade de fazer imersões em universidades estrangeiras, alcançar fluência em inglês e ter acesso a cursos de tecnologia”, completou o vice-governador.
Depoimentos dos estudantes
Entre os beneficiados estão Mikael Iury Romão Silva, de 19 anos, e Eloise Alelí Sotelo Carvalho, de 17.
“Não é todo dia que você vai pra Austrália com tudo pago”, celebrou Mikael. “Quero aprimorar meu inglês e fortalecer meu currículo. Tenho o sonho de me tornar político, e isso vai me ajudar bastante.”
Eloise também demonstrou entusiasmo: “Vamos para outro continente, conhecer outra cultura, e a Austrália é um polo de intercambistas. Tenho esperança de interagir com pessoas de outros países e representar Goiás.”
A jovem destacou ainda que a oportunidade só foi possível graças ao apoio do Estado. “Sonho em tornar o mundo mais sustentável. Lá é um polo de tecnologia, e espero me aproximar desse sonho por meio dessa viagem”, disse.
Metas e oportunidades
O Goiás pelo Mundo pretende desenvolver competências linguísticas, interculturais e socioemocionais, preparando os participantes para carreiras globais nas áreas de tecnologia e inovação.
A meta é enviar 200 estudantes por ano até 2030. Além disso, o programa oferecerá bolsas de mestrado e crédito subsidiado para alunos e servidores goianos estudarem nas 100 melhores universidades do mundo.
A previsão é de 150 bolsas internacionais nos próximos cinco anos. Entre as universidades participantes estão Yale (EUA), University College London e Imperial College London (Reino Unido), McGill (Canadá), Tsinghua Shenzhen (China) e École Polytechnique (França).
Os primeiros editais dessas bolsas devem ser publicados em fevereiro de 2026.
Parcerias e apoio institucional
O programa é coordenado pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), por meio do Goiás Social, em parceria com a Fapeg, a Secretaria de Estado da Administração (Sead) e o Instituto Trajetórias, organização sem fins lucrativos apoiada pelas fundações Lemann e VélezReyes+.
De acordo com o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, José Frederico Lyra Netto, “ter uma experiência internacional gera mais competitividade para o indivíduo e para o estado. Além disso, promove mobilidade social e realiza o sonho de quem, sem o apoio do governo, jamais teria essa chance”.
O presidente da Fapeg, Marcos Arriel, também comemorou a iniciativa. “Desde 2023, a fundação vem estimulando tanto a ida de pesquisadores goianos para o exterior quanto a vinda de profissionais internacionais. Isso fortalece a integração com o mundo e amplia a competitividade de Goiás por meio do conhecimento.”