O vice-governador de Goiás, Daniel Vilela, reuniu-se nesta segunda-feira (29/9) com representantes da Atvos e da NetZero, empresa franco-brasileira que desenvolve o biochar. Durante o encontro, eles discutiram a instalação de uma planta produtiva do insumo agrícola sustentável no estado, prevista para iniciar operações em 2026.
Hoje, produtores de Caçu, Goianésia e Quirinópolis já aplicam o biochar em suas lavouras. O produto, semelhante ao carvão, nasce de resíduos agrícolas como palha e bagaço de cana. Além disso, quando os agricultores adicionam o insumo ao solo, conseguem reter mais água, aproveitar melhor os nutrientes e aumentar a produtividade. Assim, o biochar mantém o carbono preso por décadas, evitando a liberação de gases na atmosfera e ajudando a reduzir o aquecimento global.
Para Daniel Vilela, o projeto vai muito além da inovação tecnológica. Ele destacou que a iniciativa gera empregos diretos e indiretos, fortalece a economia circular e coloca Goiás como protagonista em soluções ambientais de alcance internacional.
A localização estratégica de Goiás e a ampla oferta de biomassa atraíram o investimento. Por isso, o Governo de Goiás apoiou a parceria entre Atvos e NetZero para instalar a nova usina em Caçu, no Sudoeste goiano. A cidade já abriga a maior planta do mundo dedicada à produção de biochar a partir da cana-de-açúcar. Dessa forma, o município se torna o ponto de partida para expandir a tecnologia em todo o Centro-Oeste e no Norte do Brasil.