7 de dezembro de 2018

Cemig suspende temporariamente demolições de casas na beira do lago de Três Ranchos

Casa de cerca de 500 metros quadrados de construção e avaliada em aproximadamente R$ 2 milhões de reais, foi demolida pela Cemig. Foto: Badiinho Filho

O Prefeito de Três Ranchos, Hugo Deleon de Carvalho, disse ao Blog do Badiinho, que a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), paralisou as demolições temporariamente, até que seja marcada uma audiência pública e o caso seja debatido com autoridades e população.

O anúncio de paralisação das demolições teria sido feita por um diretor da Cemig, em contato por telefone com o prefeito da cidade.  

Na última quarta-feira (05), moradores realizaram uma manifestação que teve início na porta da Prefeitura de Três Ranchos e posteriormente se deslocaram para o antigo 14 Bis, onde uma edificação de mais 500 metros quadrados e avaliada em mais de R$ 2 milhões de reais foi jogada ao chão por máquinas de uma empresa terceirizada.

Advogados e funcionários da Cemig acompanhavam a demolição, atendendo o cumprimento de uma ordem judicial, após a companhia ter requerido na Justiça a reintegração de posse, devido a edificação ter sido erguida na área do reservatório, atingindo a cota 661.

Hugo Deleon, afirmou que a medida era drástica e que dificilmente o lago atingirá seu limite, e que tais demolições são danosas para o município, pois as casas que foram e que poderão ser demolidas, acarretará em prejuízos econômicos, com desempregos de caseiros, prestadores de serviços dentre outros, e que a solução mais plausíveis para se encontrar uma saída menos drástica e danosa, seria o diálogo. 

Hugo ainda explicou que as invasões não foram feitas de má fé, pois são casas que foram erguidas por pessoas que adquiriram os seus terrenos na beira do lago de forma legal, afirmando que o nível da água sempre havia atingido a cota 660 e quando atingiu o nível da cota 661 que houve as inundações, não houve uma orientação por parte da Cemig aos proprietários das casas sobre esses avanços, afirmando ainda, que nem os moradores de Três Ranchos sabiam dessa cota 661.

A casa de 500 metros quadrados e avaliada em aproximadamente R$ 2 milhões de reais, pertencia a uma construtora de Uberlândia-MG e empregava um casal de caseiros. 

Escrito por: Badiinho Filho