Após confirmação do 3° caso da ômicron no Brasil, Catalão proíbe eventos com mais de 100 pessoas

Entrou em vigor nesta quarta-feira (1°) um decreto municipal que proíbe a realização de eventos com mais de 100 pessoas em locais abertos e fechados. A publicação foi feita no início da tarde. Até então, a lotação máxima permitida em Catalão era de 600 pessoas, em razão da diminuição de internações e mortes pela doença, além do avanço da vacinação.

“Fica autorizado o funcionamento de eventos sociais e corporativos, inclusive reuniões, observada a limitação de ocupação em até 70% (setenta por cento) do espaço total de acomodação, obedecidos os demais protocolo estabelecidos, desde que respeitado o limite máximo de 100 (cem) pessoas, em ambiente aberto ou fechado”, diz o decreto.

O recuo na flexibilização das medidas de prevenção na cidade acontece no mesmo dia em que a Secretaria de Estado da Saúde de SP confirmou o terceiro caso da variante ômicron, do coronavírus, no Brasil.

Na última segunda-feira (29), o secretário de municipal de Saúde de Catalão, Velomar Rios, disse que por enquanto não haveria nenhuma medida a ser tomada em razão da descoberta da nova cepa, mas no dia desta declaração não tinha ainda a confirmação de nenhum caso da ômicron no país.

Na terça-feira (31), um dia após a fala do secretário, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) confirmou os dois primeiros casos da nova variante em território brasileiro: um casal de missionários brasileiros que moram na África do Sul e vieram para São Paulo visitar familiares que residem na Zona Leste da capital paulista.

Eles não moram no Brasil e, por conta disso, não tinham registro no VaciVida de vacinação deles contra a Covid no estado de São Paulo.

 

Por que esta cepa é tão preocupante?

Nesta segunda-feira (29), o diretor da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, reforçou durante um pronunciamento a preocupação com a variante, afirmando que ela traz o risco de novos surtos e pode levar consequências severas a algumas partes do mundo.

“A ômicron tem um número sem precedentes de mutações na proteína spike, algumas delas preocupantes por seu impacto em potencial na trajetória da pandemia”, afirmou o diretor da OMS.

A organização informou que evidências preliminares sugerem que essa variante oferece um risco maior de reinfecção de covid-19 do que suas antecessoras.

A Ômicron já foi detectada em todos os continentes, mas não há até o momento confirmação de mortes associadas à nova variante.

O cenário é um pouco diferente do ocorrido na Índia no começo do ano, quando a variante Delta provocou uma explosão de casos e mortes, ainda antes do início da vacinação em massa.

 

Publicado por Badiinho Moisés/ Com informações da BBC News, G1 e R7