15 de outubro de 2020

ASSEMBLEIA NA CMOC: FUNCIONÁRIOS DECIDEM SE VOLTAM OU NÃO AO TRABALHO

Foto: Facebook – Sindicato Metabase/Reprodução.

Aconteceu hoje pela manhã, mais uma assembleia com trabalhadores da CMOC, em greve desde o dia 13, com o objetivo de votar as propostas que o Sindicato Metabase (que representa a categoria) e a empresa chegaram a um acordo, depois de um dia todo de reuniões. A mesma proposta é votada por aclamação e em turnos. Ela foi votada pelo grupo das 16h, das 8h de hoje e faltando apenas os trabalhadores que entram as 16h.

O Sindicato Metabase emitiu, ontem (14) um comunicado fazendo um balanço das atividades. Segundo dados, a previsão inicial da empresa era de demitir 150 funcionários e implantação unilateral de turno 12×36. “Depois de uma semana de assembleias, inclusive com a aprovação do estado de greve, o Metabase e os trabalhadores juntos conseguiram fazer a empresa recuar e negociar alternativas para evitar a perda de tantos postos de trabalho”, disse parte da nota. As reuniões começaram com as seguintes reivindicações: garantia de 803 postos de trabalho, implantação do turno 4×4 de dias trabalhados seguidos de 4 dias de folga, manutenção de todos os benefícios e adicionais já conquistados, indenização mensal de turno de 13% (os benefícios do turno que eram de 21% agora passam para 34% por mês sobre o salário base de cada empregado que trabalha no turno), pagamento de horas extras com 100% em todos os feriados civis e religiosos o que na escala anterior não acontecia (eram somente 4 feriados pagos) e manutenção de dois dias de folga além das horas extras para quem trabalhar no natal.

No final do dia, um acordo fechou a proposta a ser votada pelos trabalhadores: desligamento de 27 trabalhadores e seis do setor administrativo, o que representa 2% do total. Em compensação são mantidos 136 empregos, o que é motivo para o Metabase comemorar, representando R$ 10milhões em salários por ano, R$ 1,3milhão por ano em vale alimentação, R$ 2,5milhões por ano em PLR e 500 pessoas a menos no Sistema Único de Saúde. “Lutamos incansavelmente para evitar qualquer demissão”, diz o presidente do Sindicato, Diego Hilário.

Escrito por: Cristina de Mesquita