13 de fevereiro de 2020

ACUSADOS DE PARTICIPAÇÃO NA MORTE DO RADIALISTA VALÉRIO LUIZ VÃO A JÚRI POPULAR NO DIA 23 DE JUNHO

Radialista Valério Luiz foi assassinado no dia 5 de julho de 2012. Foto: Reprodução

O juiz Lourival Machado da Costa, designado para realizar o júri popular, no próximo dia 23 de junho, dos envolvidos na morte do radialista Valério Luiz, decidiu não desmembrar o julgamento. Com isso, os cinco acusados de participação no homicídio serão julgados no mesmo dia, inclusive o acusado de ser o mandante do crime, o ex-cartorário Maurício Sampaio.

A sessão do júri será realizado no auditório do Fórum Cível, do Parque Lozandes, em Goiânia, que recentemente passou por reforma para readequações das instalações para receber eventos do porte do julgamento do caso. Além de Maurício Sampaio, serão julgados Ademá Figueiredo Aguiar Filho, Djalma Gomes da Silva, Marcos Vicínius e Urbano de Carvalho Malta.

Valério Luiz foi assassinado no dia 5 de julho de 2012, quando saía da rádio em que trabalhava, no Setor Serrinha, em Goiânia. Um motociclista se aproximou dele e disparou seis vezes. O Ministério Público de Goiás denunciou os envolvidos ao Poder Judiciário no dia 27 de março de 2013. Seguindo a conclusão da polícia, a promotoria apontou que Maurício Sampaio foi o mandante do crime e que Urbano de Carvalho Malta contratou Ademá Figueiredo para matar o cronista. Ainda segundo o documento, o açougueiro Marcus Vinícius participou do planejamento do crime. Já o PM Djalma da Silva foi denunciado por atrapalhar as investigações da polícia.

Conforme a denúncia, o crime foi motivado pelas críticas constantes do radialista à diretoria do Atlético, da qual Maurício Sampaio era, na época, vice-diretor. O desentendimento entre os dois já durava dois anos. O documento destaca que os comentários geraram entre Sampaio e Valério Luiz “acirrada animosidade e ressentimento por parte do acusado”.


REFORMA DO AUDITÓRIO 

O juiz da 4ª Vara dos Crimes Dolosos Contra a Vida, Jesseir Coelho de Alcântara, que conduziu inicialmente o processamento da ação penal, declarou a suspeição e deixou de presidir o processo em dezembro do ano passado. Foi ele quem decidiu pelo desmembramento do julgamento, alegando problemas estruturais no auditório do Fórum Criminal para receber julgamento tão complexo. Mas, com a reforma do auditório do Fórum Cível, Lourival entendeu não ser mais necessário o desmembramento. O novo espaço ganhou novas salas e banheiros, além de refeitórios.

 

Escrito por: Redação/Rota Jurídica