3 de setembro de 2021

Ministério Público de Goiás pede proibição de manifestação de PMs da ativa em 7 de setembro

Foto: Reprodução

O Ministério Público de Goiás (MP-GO) expediu recomendação ao secretário de Segurança Pública, Rodney Miranda, e ao comandante geral da Polícia Militar (PM), coronel Renato Brum, para que militares da ativa, que não estejam em serviço, sejam proibidos de participar nas manifestações em favor do governo Bolsonaro (sem partido) no dia 7 de setembro.

Que em caso de descumprimento, seja instaurado procedimento para apuração dos infratores; que todo o efetivo operacional da PM fique de prontidão; e que sejam suspensas “a concessão de qualquer tipo de dispensa no período de 6 a 8 de setembro de 2021”.

A recomendação foi expedida pela promotora Adrianni Santos Almeida, nesta sexta (3). As ações foram protocoladas em São Paulo, no Distrito Federal, em Pernambuco, no Ceará, no Pará, em Mato Grosso e em Santa Catarina.
Elas vão de pedido de apuração da participação de PMs em atos antidemocráticos (MP de Santa Catarina), até alerta ao comandante-geral para “consequência graves” (juiz militar do Mato Grosso).


Manifestações de PMs

PMs do Brasil têm se preparado para participar dos atos do feriado, mas também para lutar contra o comunismo e retirar os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). A informação foi antecipada pelo Poder360 há alguns dias, após o site ter acesso a mensagens de WhatsAp de praças e oficiais da ativa e da reserva.

Em Goiás, contudo, a Polícia Militar (PM-GO) não deve aderir. Segundo o secretário de Segurança Pública do Estado (SSP), Rodney Miranda, não há indicativo de adesão.Ele informa, contudo, que aqueles que não estão fardados não têm impedimento, desde que seja um manifesto ordeiro e pacífico. “Não há nenhum tipo de planejamento. Tocaremos nossa agenda como se fosse um dia qualquer”, revela o titular da pasta.

Da mesma forma, um oficial, que pediu para não ser informado, corroborou a fala do secretário. Segundo ele, apenas policiais que estiverem de folga e que quiserem participar poderão ir ao evento. Contudo, ele reforça que este é um ato sem ligação com a corporação.
“Não é de bom tom para a instituição fazer esse tipo de manifestação política, uma vez que é subordinada ao Executivo estadual”, justificou.

Publicado por: Badiinho Filho/Texto: Francisco Costa-Mais Goiás