17 de março de 2019

TODOS POR LARISSA: CATALANA DE 16 ANOS DE IDADE LUTA EM CAMPANHAS PARA COMPRAR MEDICAMENTOS DE ALTO CUSTO PARA TRATAMENTO DE DOENÇAS AUTOIMUNES

Larissa Vitória, 16 anos de idade, foi diagnosticada recentemente com Púrpura e Anemia Aplástica, doenças autoimunes. De família humilde, ela luta constantemente para comprar um medicamento de auto custo para melhorar a qualidade de vida. Foto: Facebook/Reprodução

O caso da jovem Larissa, 16 anos de idade, diagnosticada com Púrpura, doença auto imune caracterizada por níveis baixos das plaquetas, células sanguíneas que previnem o sangramento, está ganhando a força das redes sociais. A Larissa também é portadora de anemia aplástica, outro tipo de doença autoimune, que neste caso, o organismo deixa de produzir uma quantidade suficiente de células sanguíneas novas, fazendo com o que a estudante sinta muitas dores de cabeça, cansaço, dentre outros sintomas que prejudicam a sua qualidade de vida.

Para controlar as duas doenças, Larissa toma um medicamento que custa mais de R$ 3,600 reais cada caixa, medicamento este de uso continuo, cujo os valores chegam a R$ 12 mil reais por mês. Para tomar esses medicamentos, a família vendeu o carro e têm feito marmitas aos finais de semana, como foi feito neste domingo (17), onde os pais fizeram uma galinhada e venderam ao valor de R$ 10 reais para ajudar na arrecadação e assim assegura o medicamentos para os próximos dias.

Segundo os familiares, eles ingressaram com uma ação no Ministério Público para que o Governo do Estado de Goiás arque com o medicamento, para que Larissa prossiga com o tratamento e as doenças sejam controladas, e assim, ela possa sobreviver com melhor qualidade de vida. Porém, enquanto ela aguarda a decisão do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ/GO), familiares continuam com as ações para a compra dos remédios, e com apoio de amigos, uma campanha na internet foi iniciada, afim de que mais pessoas conheçam seu caso e ajudem com doações de qualquer valor.

Para quem quiser conhecer o caso da Larissa pessoalmente, ela mora na Rua 7 de setembro, nº: 1310, no Bairro Jardim Paraíso. Para as pessoas que queiram doar ou ajudar de alguma forma, o telefone de contato da Mãe de Larissa, Dona Maria das Graças, está a inteira disposição: (64) 9 9224-6192.

Para doações em dinheiro, dentro de sua condição financeira, uma conta bancária também foi disponibilizada pela família. Veja os dados bancários abaixo:

Caixa Econômica Federal

Titular: Maria das Graças de Souza

Agência: 0564

Operação: 013

Conta Poupança: 00083968-9

Campanha nas redes sociais 

As ações em prol da Larissa, também estão sendo divulgadas por meio de uma Fan Page que foi criada com o nome de /todosporlarissa

Próximo evento 

Uma nova ação está marcada para o dia 14 de abril, e um delicioso strogonoff será feito com muito carinho e as marmitas vendidas pelo valor de de R$ 10 reais.

SAIBA MAIS SOBRE AS DOENÇAS QUE ACOMETERAM LARISSA


PÚRPURA

Púrpura trombocitopênica imunológica| é uma doença autoimune que se caracteriza pela destruição das plaquetas, células produzidas na medula óssea e ligadas ao processo de coagulação inicial do sangue.

O nome está diretamente relacionado às principais manifestações da enfermidade. Púrpura é uma referência às manchas roxas ou avermelhadas indicativas de sangramentos que aparecem na pele; trombocitopênica, em razão da trombocitopenia, ou seja, do sangramento provocado pela queda no número de plaquetas.

A enfermidade afeta uma em cada 10 mil pessoas e incide mais nas mulheres em idade fértil do que nos homens. Crianças podem apresentar uma forma aguda e autolimitada de PTI, em geral decorrente de um quadro infeccioso viral.


Sintomas:
Os sintomas da púrpura surgem quando a queda do número de plaquetas compromete o processo de coagulação do sangue a ponto de provocar sangramentos. Os mais típicos são os sangramentos que se localizam na pele ou nas mucosas sob a forma de petéquias (manchas puntiformes) ou equimoses (manchas maiores). Podem ocorrer também sangramentos nasais (epistaxes), nas gengivas, gastrintestinais e no trato urinário. A ocorrência de edemas, dor nas pernas e hemorragias menstruais são mais difíceis de controlar.

A intensidade dos sintomas varia muito de um paciente para outro. Em alguns casos, eles podem ser assintomáticos e dispensam tratamento.

Diagnóstico: O diagnóstico de púrpura baseia-se no exame clínico e no resultado do hemograma. Uma vez constatado que o número de plaquetas está baixo, é de suma importância fazer o diagnóstico diferencial, porque doenças como aids, lúpus, leucemias e certas infecções virais também provocam queda no número de plaquetas.

Tratamento: Na infância, pode ocorrer remissão espontânea da doença, o que raramente acontece na vida adulta.

O tratamento da púrpura com cortiscosteroides (prednisona) por via oral visa controlar os sintomas e provocar aumento gradual das plaquetas no sangue. O risco de sangramento diminui consideravelmente, quando a contagem das plaquetas atinge 50 mil. Por causa dos efeitos colaterais adversos, o medicamento deve ser retirado aos poucos ou reduzido a doses mínimas o mais depressa possível.

Doses altas de imunoglobulina por via intravenosa são úteis para conter os sangramentos agudos e elevar a contagem de plaquetas.

Como grande parte da produção de anticorpos e destruição das plaquetas ocorre no baço, em algumas situações a remoção cirúrgica desse órgão (esplenectomia) pode estar indicada. (Dráuzio)


Anemia aplastica

O sangue é um tipo de tecido conjuntivo formado por três tipos diferentes de células: as hemácias (glóbulos vermelhos ou eritrócitos), os leucócitos (glóbulos brancos) e as plaquetas. A diminuição simultânea do número desses elementos do sangue é conhecida com pancitopenia e é a principal característica do distúrbio hematológico conhecido como anemia aplástica, ou aplásica.

A medula óssea é o tecido responsável pela hematopoeiese, processo de produção de células sanguíneas. Nos casos de anemia aplástica, tal função da medula é alterada, afetando a produção normal de sangue. Essa disfunção pode ter origem congênita, identificada no nascimento ou nos primeiros meses de vida do indivíduo, ou origem adquirida, como uso de alguns tipos de medicamentos, doenças autoimunes (distúrbios em que as células de defesa atuam contra as células do próprio organismo), infecções virais e exposição a substâncias químicas tóxicas como o benzeno e defensivos agrícolas convencionais.

Como há uma queda do número de hemácias, leucócitos e plaquetas, os sintomas da anemia aplástica estão diretamente ligados à atividade ineficiente de tais células. Sendo assim, indivíduos acometidos por anemia aplástica apresentam sintomas como fadiga, falta de ar, taquicardia e palidez, que estão relacionados ao baixo número de hemácias; infecções frequentes devido à diminuição dos leucócitos; e hemorragias constantes, epistaxe (sangramento nasal) e equimoses (infiltração de sangue na malha do tecido) ocasionadas pela deficiência plaquetária.

O diagnóstico é feito por meio do hemograma (exame de sangue), que relata números de hemácias, de leucócitos e de plaquetas muito inferiores aos valores de referência. Há a confirmação do diagnóstico pela biópsia da medula óssea, que, nos casos de anemia aplástica, apresentará uma quantidade muito reduzida de células sanguíneas.

O tratamento desse tipo de anemia envolve uma série de processos: inicialmente pode ser feita uma transfusão de sangue, que será ministrada para amenizar os sintomas e não propriamente para curar a doença. Também pode ser feito o uso de medicamentos imunossupressores, que atuarão no controle das respostas imunológicas do organismo (o que o torna imunodeprimido); ou de medicamentos capazes de estimular a produção de novas células pela medula óssea. Por último é realizado o transplante de medula óssea, ou seja, aquela medula que apresenta disfunção será substituída por outra que exercerá normalmente as suas funções. O transplante de medula óssea é o único meio de tratamento eficaz no combate à anemia aplástica, que, embora eficiente, também traz alguns riscos ao indivíduo (rejeição do transplante, por exemplo). (Fonte: Infoescola).

 

Escrito por: Badiinho Filho