26 de setembro de 2018

Secretário de Saúde diz que Hugo funciona normalmente e nega risco de interdição, em Goiânia

Secretario de Saúde diz que Hugo funciona normalmente e não há risco de interdição — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Após o Ministério do Trabalho pedir a interdição do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) devido à falta de medicamentos e insumos, o secretário estadual de Saúde, Leonardo Vilela, afirmou, nesta quarta-feira (26), que a unidade funciona normalmente. Ele ressaltou que não há risco de interdição.

“O hospital funciona na mais absoluta normalidade, com 95% de ocupação, todos os 57 leitos de Unidade de Terapia Intensiva ocupados e a lavanderia funcionando sem problemas, lavando 5 toneladas de roupas por dia”, relatou.

A Superintendência Regional do Trabalho no Estado de Goiás (STRE/GO) pediu, na segunda-feira (24), a interdição das atividades médicas, de enfermagem e farmacêuticas do hospital após uma auditoria. Segundo o documento, a unidade sofre com falta de medicamentos e insumos que “colocam em risco grave, iminente e recorrente” a vida dos profissionais que atual no local.

Uma enfermeira afirmou que faltam antibióticos, remédios como dipirona, soro, seringa e agulhas. O problema, segundo o relato, gera até mesmo “cancelamento de cirurgias”. Além disso, quando não há um item específico, eles tentam ajudas para outro similar.

Sobre a falta de insumos registrada, o secretario definiu como um problema pontual. “Problemas pontuais existem, mas os medicamentos foram comprados na segunda feira, parte deles já chegou e o restante chega até sexta”, disse.

O secretario completou ainda que houve um exagero nos relatos feitos sobre os problemas da unidade. “O clima eleitoral exacerba a situação. As declarações feitas não condizem com a situação que encontramos nessa visita”, afirmou.

Irregularidade de repasses

Para discutir os problemas da unidade, integrantes de vários órgãos participaram, na tarde de segunda-feira (24) de uma audiência com o Ministério Público Federal em Goiás (MPF/GO).

Na ocasião, o diretor administrativo da instituição, Franco Monteiro Xavier, disse que o hospital tem um déficit mensal de R$ 2 milhões. Segundo ele, o problema acontece devido à “irregularidade nos repasses pelo Estado de Goiás” para a Instituto Gerir, Organização Social (OS), que administra o Hugo. De acordo com Xavier, a situação provoca um déficit de R$ 14 milhões ao longo do ano.

 Em relação à irregularidade nos repasses, o secretário de Saúde alegou que, nesta semana, já foram feitos três repasses de verba para a OS, totalizando R$ 5 milhões. O dinheiro deve ser usado para a aquisição de medicamentos, insumos e outras necessidades do hospital.
Escrito por: Redação/Portal G1