Ícone do site Badiinho

Samuel perdeu a visão de um olho após ser atropelado por médico oftalmologista em Catalão

Samuel, de 16 anos, avança na recuperação após ser atropelado em Catalão enquanto pilotava uma moto. Foto: Captura de tela/TV Anhanguera

O adolescente Samuel, de 16 anos, atropelado enquanto pilotava uma motocicleta em Catalão, avança em sua recuperação e deu detalhes emocionantes sobre o caso. O acidente aconteceu na Avenida Raulina Fonseca Pascoal e mobilizou a cidade por semanas. Após concluir a investigação, a Polícia Civil indiciou o motorista do carro, o oftalmologista Abel Martins Neto, por omissão de socorro e lesão corporal.

Leia também:

-Samuel, jovem atropelado por médico embriagado, recebe alta hospitalar após um mês na UTI

Logo após o acidente, Samuel passou mais de um mês internado no Hospital Regional de Itumbiara. Ele ainda convive com sequelas que exigem cuidados médicos. Por exemplo, ele perdeu a visão do olho esquerdo e já se prepara para uma cirurgia. “Os exames também revelaram lesões na cabeça, que podem ser permanentes”, explicou. Apesar dos desafios, ele já caminha novamente, apoiado pelos amigos que nunca o deixaram sozinho. “Eles sempre estiveram comigo. Agora não seria diferente”, afirmou.

Moradores que presenciaram a colisão relataram que a moto foi arrastada por dois quarteirões. No momento do acidente, o médico que dirigia o carro aparentava estar embriagado. A polícia o prendeu em flagrante, mas ele pagou fiança de R$ 10 mil e saiu da prisão no mesmo dia. Ao longo do inquérito, os policiais descobriram que a moto pertencia ao avô paterno de Samuel. Segundo os depoimentos, ele pegou o veículo sem autorização dos responsáveis. Por essa razão, os investigadores descartaram qualquer responsabilidade dos pais no caso.

Por onde passa, Samuel recebe mensagens de apoio de pessoas que acompanham sua história. “Quero desejar muita força e que ele melhore logo”, comentou um vizinho durante uma caminhada.

Já a defesa do médico Abel Martins Neto decidiu não se pronunciar sobre a investigação. Caso ele seja condenado, poderá cumprir até sete anos de prisão.

Sair da versão mobile