O Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO) decidiu, nesta quarta-feira (7), reduzir de 26 para 16 anos a pena de Paulo Vitor Azevedo, condenado pela morte de Priscila Brenda Pereira Martins da Silva. O julgamento, realizado em segunda instância em Goiânia, teve como destaque a sustentação oral do advogado de defesa, Dr. Leandro de Paula, que convenceu os desembargadores a acolher o recurso.
Defesa mantém cautela
Apesar da redução, a defesa mantém cautela e avalia a possibilidade de recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF). Em nota, a assessoria jurídica do condenado afirmou que analisa a possibilidade de pedir a anulação do julgamento, com base em denúncias de coação e tortura.
Segundo os autos, testemunhas teriam sido pressionadas a incriminar Paulo Vitor. Se comprovadas, as denúncias podem comprometer a integridade do processo judicial e violar o princípio constitucional da ampla defesa.
Relembre o caso
O caso de Priscila Brenda comoveu a comunidade goiana. A adolescente, de apenas 14 anos, desapareceu no dia 10 de dezembro de 2012, no distrito de Pires Belo, zona rural de Catalão (GO). Ela foi vista pela última vez entrando no carro de Paulo Vitor, seu então namorado. Desde então, não foi mais localizada e o corpo nunca foi encontrado.
As investigações indicaram Paulo Vitor como principal suspeito. A Justiça decretou sua prisão em 2013, mas ele só se apresentou tempos depois.
Condenação e reviravoltas
Em 2023, o réu foi condenado a 18 anos de prisão. No entanto, a decisão foi anulada após a defesa comprovar a parcialidade de uma jurada. Assim, um novo julgamento, realizado em março de 2025, elevou a pena para 26 anos, por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
Portanto, com a nova decisão do TJ-GO, a pena caiu para 16 anos. A equipe jurídica de Paulo Vitor afirma que continuará buscando a preservação dos direitos fundamentais do acusado e o esclarecimento completo dos fatos.

