9 de janeiro de 2021

RECLAMAÇÃO: EM CAMPO ALEGRE, SERVIDOR DIZ QUE SOFRE PERSEGUIÇÃO POLÍTICA COM MUDANÇA DE CARGO POR NÃO APOIAR PREFEITO

Em Campo Alegre, servidor diz que foi mudado de cargo por não apoiar prefeito. Gestor, porém, nega perseguição e disse que a decisão foi tomada devido ao excesso de motoristas no setor que o trabalhador era lotado. Foto: Reprodução

Um servidor público de Campo Alegre de Goiás denunciou que foi transferido do cargo que trabalhava por não apoiar Zé Antônio (PP), prefeito eleito no município durante a eleição de 2020. Agmar Pereira da Silva gravou um vídeo, no qual ele conta que trabalhava como motorista de ambulância na cidade desde 2011, porém, como não apoiou o político, agora dirige um caminhão, que está em situação precária.

“Eu fui lotado no Hospital Municipal de Campo Alegre como motorista de ambulância desde 2011. Há mais de nove anos, eu trabalhei sem nenhuma falta, sem nenhum atestado, não tenho nenhuma advertência, sempre procurei fazer o meu melhor. Mas por não ter adesivado o carro e acompanhado o prefeito, ele criou uma forma de me punir”, disse o servidor público.

No vídeo, o trabalhador mostra um caminhão-pipa antigo, com os vidros da janelas defeituosos, banco do motorista está solto e o do passageiro tendo como base um pedaço de MDF. O servidor disse que o motor do veículo é aberto e, por isso, a temperatura dentro do automóvel chega a 50°.

“Em pleno século 21, isso está mais para um trabalho escravo, pois o sofrimento dentro desse caminhão é muito grande”, diz ele. Ele conta, ainda, que o político afirmou que quem manda no município é ele. “Eu estou pagando essa punição por eu não ter acompanhado o prefeito nesta campanha. Eu não me agrado da gestão dele”, finaliza.


PREFEITO 

O site de Goiânia que publicou a matéria, disse que entrou em contato com o prefeito Zé Antônio, que negou qualquer tipo perseguição. Ele contou que fez a transferência do cargo, pois havia excesso de motoristas nas ambulâncias e precisava do condutor, que tem CNH D, na garagem da prefeitura.

 

Escrito por: Redação/Fonte: Mais Goiás