24 de abril de 2017

Professores da rede estadual de Catalão vão a escritório político de deputado para protestarem contra PEC do Teto

Escrito por: Badiinho Filho 

Fotos: Reprodução

“Foto registra servidores da educação do estado estendendo faixa em frente ao escritório político do deputado estadual, Gustavo Sebba (PSDB), na Avenida Farid Miguel Safatle, em Catalão”

Mesmo com o acordo de ajuste salarial para os professores, efetivos e temporários, para os administrativos e no auxílio alimentação no valor de R$500,00 para todos, anunciado pelo governador Marconi Perillo (PSDB) e pela secretária de educação de Goiás, Raquel Teixeira, os professores realizaram uma assembleia deliberativa na manhã desta terça-feira (25).

“O acordo foi esse mesmo, porém, em contato com diversos professores e professoras de outras regionais, iremos para assembleia amanhã votar pela continuidade dá greve, inclusive grande parte dos professores de Catalão, por que entendemos que a greve só pode terminar após a votação da PEC 3548, a chamada PEC da Maldade. Caso seja aprovada com o texto como está, de nada valerá esse acordo, pois pela PEC, perdemos definitivamente nosso plano de carreira, quinquênios, dentre outros benefícios, além de congelar nossos salários e não realizar concursos por 10 anos! Portanto, a greve deve continuar”, informou o professor Adimilson Marinho de Lima, conhecido como Mascote, um dos integrantes e organizadores da greve dos professores em Catalão.        

O professor também informou que houve na manhã de hoje, segunda-feira (24), uma manifestação na porta do escritório do deputado estadual Gustavo Sebba (PSDB), em Catalão. Ele é o relator dá PEC e, em seu relatório, retirou os servidores do judiciário da área da segurança, mas manteve, de forma covarde, os servidores dá educação, afirmou ao Blog, o professor Adimilson Mascote.

Nossa redação entrou em contato com a presidente do Sintego em Catalão, professora Maria Moura, a qual afirmou que esteve no escritório político do deputado na cidade de Catalão. Mesmo sabendo que o político não estava no escritório, a representante dos professores disse ao Blog do Badiinho que foi recebida por assessores, os quais ligaram para o deputado que conversou com ela e com as outras pessoas que a acompanhava.

“Estivemos lá para pedir que ele (Gustavo Sebba), ajudasse a nossa classe, pedir para retirar do texto da PEC o quinquênio e as progressões dos servidores da educação, ou seja, deixa de fora a educação”, afirmou a presidente do Sintego em Catalão, Maria Moura.

A presidente também informou que não sabe se a greve continuará ou não, porém, a grande maioria da categoria é a favor da continuidade da greve até a votação da PEC, mas frisou que a assembleia é soberana e que os participantes vão decidir se a greve continuará ou se será encerrada.

Respondendo o contato do Blog do Badiinho, o deputado estadual Gustavo Sebba (PSDB) disse que sua assessoria recebeu a presidente do Sintego de Catalão, Maria Moura, a qual estava acompanhada de outros professores.

O deputado disse que no seu relatório  já foi entregue na semana passada, estão incluso a revisão do novo regime fiscal de cinco para três anos através da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), a qual será votada pela Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) a partir de três anos.

O parlamentar também disse que outra solicitação atendida e colocada em seu relatório, atendendo solicitação feita pelo Sintego e demais sindicatos que defendem a classe, foi o cálculo do teto, antes previsto para o IPCA ou receita líquida, o que for menor. Com o relatório, foi retirada o que for menor, possibilitando o cálculo com maior índice, consequentemente o teto dos gastos.  

“Essas mudanças foram pacificadas entre Sintego, sindicatos que representam os servidores públicos da educação e o governo. Além dessas mudanças apresentadas em nosso relatório, outras alterações foram sugeridas em seu relatório já entregue, as quais poderão ser acatadas, modificadas ou rejeitadas”, disse Gustavo Sebba (PSDB) a nossa redação.

“Deputado Gustavo Sebba (PSDB) disse que fez mudanças em seu relatório já entregue, as quais poderão acatadas, modificadas ou rejeitadas” (Foto: Ruber Couto/Jornal O Popular)