29 de janeiro de 2018

Produtores investem no cultivo do tomate em Catalão

Uma cultura totalmente instável, é assim que o tomate tem sido visto pelos produtores rurais da região sudeste, já que uma hora o preço está bem baixo e outras nas alturas. O produtor Paulo decidiu arriscar e há 90 dias plantou 14 mil pés da qualidade Débora em propriedade da zona rural de Catalão. 

“Na época da colheita passada, vendemos tomate de R$ 40 reais e chegou a baixar até a R$ 10 reais. Agora, hoje, na semana passada vendemos tomate de R$ 90 reais a caixa. Então para você ver, é uma instabilidade muito grande”, disse em entrevista a repórter da TV Anhanguera de Catalão, Helen Pontes.  

“Paulo plantou cerca de 14 mil pés de tomate em sua propriedade rural, localizada no município de Catalão”. (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)

No região de Catalão existem cerca de produtores de tomate, mas nessa época, somente três se arriscaram a plantar. Com a diminuição da área plantada na região, o produtor Paulo está cheio de expectativas. “Estamos na esperança de que agora, vai dar um bom preço, porque quase não tem o produto no mercado, e nessa época de chuva, poucos produtores se arriscam. 

Outro produtor que se arriscou nesta época das chuvas, foi o Senhor José Machado, e ele plantou 15 mil pés da variedade Débora Norte na zona rural de Três Ranchos. Agora, o produtor espera pagar os custos com a produção e ainda obter algum lucro. 

“Fui nas estufas e não tinham mudas, aí eu arrisquei fazer um semeio de 15 mil pés, e acho que vai dar certo. Estou começando agora e creio eu que a produção será até boa pela época”, disse em entrevista a repórter Helen Ponte. 

Produtor José Machado plantou cerca de 15 mil pés de tomate em sua fazenda no município de Três Ranchos. Foto: Reprodução/TV Anhanguera

 Paulo e José Machado, juntamente com outros produtores da região, montaram recentemente uma associação, para que a classe seja fortalecida e assim possam lutar por melhores preços do produto. 

“Sem uma associação a gente toma muito calote, então, a associação é bem melhor para o produtor” destacou José Machado. 

“Os produtores unidos tem mais força, porque nos produtores de tomate fica na mão dos atravessadores, entendeu? A gente sempre manda o nosso tomate para o Estado de São Paulo, e lá eles pagam o preço que eles querem”, desabafou o produtor Paulo. 

Escrito por: Redação/Portal G1-Tocantins 

Fotos: Reprodução/G1