Principais trechos da entrevista de Dr. Aguinaldo Mesquita, provedor da Santa Casa de Catalão

O provedor da Santa Casa de Misericórdia de Catalão, o médico Aguinaldo Gonçalves Mesquita, concedeu entrevista na emissora de rádio, Nova Liberdade FM, na manhã da última terça-feira, dia 06 de fevereiro. O atual provedor, que é ex-prefeito de Catalão, disse que uma das suas primeiras metas desde de quando assumiu o comando da Unidade Hospitalar foi investir em cursos para a humanização no atendimento das pessoas, o que segundo ele foi feito. 

O médico também disse que se coloca a disposição de qualquer pessoa que quiser saber sobre a Santa Casa de Catalão, mas caso não o encontrem, podem procurar a Catarina, não achando ela, podem procurar do Dr.  Aguinaldo Antônio que é o diretor clínico da Santa Casa. “Nós três estamos lá para esclarecer”, disse Dr. Aguinaldo.

O provedor disse ainda que antes de acontecer qualquer coisa, as pessoas devem procurar a direção da Unidade Hospitalar, pois a Santa Casa não é uma entidade política, e sim uma entidade que cuida de saúde. 

Dr. Aguinaldo Mesquita explicou sobre uma Carta que teria sido mal interpretada por algumas pessoas, a qual não extingue serviços de cardiologia na Santa Casa, mas apenas atende a adequações de uma portaria para prosseguimento de um projeto que está em andamento. Segundo o médico e provedor da Santa Casa, todos os médicos são treinados para darem o primeiro atendimento aos casos de emergência de cardiologia, porém, casos de alta complexidade do SUS em Catalão são atendidos no Hospital Nasr Faiad. 

O médico citou um caso recente, em que uma pessoa de idade foi atendida no Pronto Socorro da Santa Casa com infarto, foi instabilizado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pelo Dr. Anibaldo (cardiologista), por não ter o plano de saúde, ele foi encaminhado ao Nasr Faid para receber o atendimento do SUS. 

Principais trechos da entrevista de Dr. Aguinaldo Mesquita, provedor da Santa Casa de Catalão

“Nós pegamos a Santa Casa com as dificuldades que a Doutora Elaine teve com a doença da filha dela, pessoa que fez demais pela Santa Casa, a gente tem que agradecer a tudo isso, mas foi um período de transição muito difícil. Houve corte de verbas no ano anterior (2016) e quase que a Santa Casa fechou”. 

“Quando nós assumimos, a gente pontou algumas metas. Primeira meta era pagar em dia os funcionários e fornecedores, porque tínhamos algumas coisas pendentes e não se sabia ainda o dia correto de pagar”. 

“Hoje infelizmente não temos as regularidades dos repasses federais que vem para a Santa Casa, e isso as vezes tem trazido um certo transtorno, um exemplo, hoje (terça -06/02) que eu vou pagar a metade do salário de janeiro”. Estou fazendo, simplesmente porque não tive a passagem dos recursos que vem de Brasília DF do Sistema Único de Saúde (SUS) para que nos pudéssemos pagar em dia”. 

“Os funcionários estão entendendo todas essas dificuldades que estamos passando”. 

“Hoje nós recebemos um recurso da Prefeitura de Catalão, e este recurso é para ajudar a manter o Pronto Socorro”. 

“Ele ajudou tanto o ano passado, que nós aumentamos o número de internações, quando passamos até a ter excesso de internações.” 

“Esses R$ 610 mil é tudo para o Pronto Socorro? Não, quem paga por exemplo o médico que vai dar o laudo? Não é desse dinheiro não. O laudo do Raio X? Quem paga o técnico, o profissional liberal que faz o ultrassom e que vem completar? Não desse dinheiro, e quem quiser saber, está lá escrito para quem quiser levar e ver para onde que vai esse dinheiro. 

“Não vai para o bolso de ninguém não, ele vai para o bolso de quem trabalha”. 

“Será que eles sabem que lá no Pronto Socorro tem 47 funcionários, que tem 87 médicos que prestam serviço lá dentro? Então é preciso saber”. 

“Nós fizemos este comunicado para adequar a portaria, e essa adequação tem que existir porque se não o projeto não anda no Ministério”.  

“Nós não cortamos o atendimento de cardiologia no Pronto Socorro”.

“O atendimento de auto complexidade de cardiologia do Sistema Único de Saúde (SUS) em Catalão é feito no Hospital Nasr Faiad”. 

 “Quem leu a carta que eu mandei, não entendeu o  que estava escrito”

“Eu convido para irem lá e sentarem comigo”. 

“Eu já fui dos dois lados políticos e hoje eu não sou de lado nenhum, meu lado é a Santa Casa”. 

“Esses dias eu fui premiado com a verba de R$ 20 mil reais do Marcone Perillo (PSDB)”. 

“Você sabe que os funcionários da Santa Casa tomam benção de mim”?

“Se alguém que está aí criticando a nós, arrumar uma verba de R$ 1 milhão como nós estamos lutando para ter a faculdade de medicina, nós vamos bater palmas, vamos dizer quem é e se for preciso eu coloco até o nome dele na placa”. 

“Eu não admito ler as coisas sem interpretar”. 

Sobre atendimento de pediatras, o médico convidou as pessoas para visitarem a unidade para verem se não tem pediatras dando plantão. Segundo Aguinaldo, o que foi acabado foram os Curingas, explicando também que em momentos de sobrecarga eram chamados mais um médico para dar cobertura. 

O médico que é ex-político na cidade, fez um desabafo sobre sua luta diária para manter a Santa Casa aberta. 

“Saúde não tem cor partidária, se a Santa Casa fechar para onde você vai levar o pobre? Para onde uma pessoa que as vezes não tem condição de pagar?  Você vai mandar para Goiânia? Vai colocar dentro de uma ambulância e mandar? Então, vamos lá para a Santa Casa, vem me ajudar”, desabafou o médico Aguinaldo Mesquita. 

Escrito por: Badiinho Filho

Foto: Arquivo/Blog do Badiinho