29 de janeiro de 2015

Primeiro caso de Chikungunya confirmado no interior de Goiás

Escrito por: Thais Dutra – Diário de Goiás

Epdemia
“Primeiro caso de Chikungunya confirmado no interior de Goiás”

O primeiro caso de Febre Chikungunya, com contaminação dentro do Estado de Goiás, foi confirmado nesta terça-feira (27) após exame laboratorial. De acordo com o coordenador de controle de Dengue e Febre Chikungunya da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Murilo do Carmo, a pessoa tem 40 anos e é moradora da cidade de Rio Quente. Murilo acredita que o homem deve ter sido contaminado devido ao grande fluxo de turistas na cidade.

– “É uma pessoa que contraiu a doença no município, não viajou. Fala-se fortemente pelo recebimento de alto fluxo de turistas naquela região. Provavelmente deve ter vindo alguma pessoa contaminada, que foi picada pelo mosquito Aedes aegypti. Esse vetor contaminado acabou picando outras pessoas, as contaminando”, explicou.

Na cidade de Rio Quente foram registrados sete casos com suspeita de Chikungunya. No entanto, até agora, só um foi confirmado. Segundo o coordenador de controle, o homem, que começou a sentir os sintomas em dezembro de 2014, demorou a procurar atendimento médico. Mas assim que procurou uma unidade de saúde, todas as medidas de prevenção no município foram tomadas.

– “A partir de quando ficamos sabendo da possibilidade de casos suspeitos, todas as medidas e alertas foram tomados pela SES e pela Secretaria Municipal de Saúde. Nossa regional, que atende a região em Catalão, foi deslocada para Rio Quente e foram prestadas todas as assessorias por parte do Estado. Encaminhamos bombas costais que matam o mosquito, foi feita a integração entre a rede comunitária de saúde e os agentes de combate à epidemia”, disse.

Ainda em entrevista à Rádio 730, Murilo ressaltou que foi feito um bloqueio nas proximidades da residência da pessoa infectada. Em um raio de 150 metros foram realizadas vistorias pelos agentes de combate à Dengue e Chikungunya, para identificação de qualquer criadouro de mosquito.

– “Os agentes fazem a vistoria na região e qualquer dispositivo de criadouro é eliminado. Depois vão passando a bomba para que possamos matar o mosquito adulto contaminado. Isso já foi feito no município e estamos monitorando o surgimento de quaisquer novos casos que venham a ter em Goiás”.

Recursos para prevenção

Segundo o coordenador de controle de Dengue e Febre Chikungunya, Murilo do Carmo, a Secretaria de Estado da Saúde possui insumos necessários e suficientes para controle e prevenção da Febre Chikungunya. No entanto, o único problema é a falta de recurso humano dos municípios.

– “Às vezes temos a disponibilidade do equipamento, mas não temos pessoas na Secretaria Municipal de Saúde suficientes para poder operar esse maquinário do Estado. Essa deficiência de recursos humanos é um grande gargalo no combate a esse tipo de doença”.

Falta de chuva

Murilo afirmou que existe uma relação indireta entre a quantidade de chuva e aumento da Dengue e Chikungunya em Goiás. Com o aumento das chuvas, consequentemente, há um aumento dos casos de doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.

– “Hoje, em Goiás não temos recebido e não recebemos há pouco mais de um mês um valor de chuva adequado. Ou seja, os criadouros do mosquito se secam e de certa forma não temos a proliferação e número exacerbado do Aedes aegypti. Com isso, a tendência é diminuir os casos de Dengue e Chikungunya”.