25 de abril de 2018

Primeira morte de H1N1 na região sudeste é confirmada; mulher de 54 anos que morreu vítima gripe ficou internada em hospital particular de Catalão

Professora Roseni Aparecida da Silva, 45 anos de idade, morreu de H1N1 no dia 1º de abril. Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Uma professora de 54 anos de idade, moradora de Campo Alegre de Goiás, foi a primeira vítima de H1N1 na região sudeste. Reportagem do repórter Alaor Rodovalho levada ao ar na 1ª edição do Jornal Anhanguera, revelou que ela morreu no dia 1º de abril de insuficiência aguda respiratória em hospital particular de Catalão. Pelas informações da Secretária de Saúde de Campo Alegre, a mulher que também chegou a ser internada no mês passado em Goiânia, tinha muitos problemas de saúde.

“Ela tinha lúpus, que é uma doença alto imune que provoca muitas inflamações articulares, muitas dores que faz a gente confundir com outros tipos de doença, sendo portadora também de diabetes e hipertensão. Tanto que o caso dela estava grave, que ela teve algumas internações anteriores a última que levou ela a óbito por causa da doença de base, inclusive ela já estava entrando em falência renal, e ela iria começar a hemodiálise”, disse Meire Pereira, Secretária de Saúde de Campo Alegre de Goiás.

Por causa dessas complicações de saúde, nos hospitais por onde passou, a mulher não foi diagnosticada nem como caso suspeito de gripe H1N1. “Ela ficou internada anteriormente porque ela não estava muito bem em Goiânia, ficou alguns dias em Goiânia, veio, passou dois dias aqui (Campo Alegre de Goiás) e foi para Catalão, onde ficou internada três dias por motivo da doença de base dela, sendo que não com sintomas de respiração, nada haver com o sistema respiratório, e depois ela foi para a cidade de sua família mora, que é em Ipameri, e de Ipameri, ela sentiu mal depois, aí já com os sintomas da Síndrome Respiratória Aguda Grave (H1N1),  e foi para o hospital particular de Catalão, chegando lá ela agravou mais, aí ela já foi entubada e ficou como foi notificada”, afirmou Meire.

O corpo da professora Roseni Aparecida da Silva, 45 anos de idade,  foi velado na Câmara Municipal de Campo Alegre de Goiás, no início do mês, e o velório aconteceu normalmente com a presença de parentes e amigos e sem nenhum procedimento para se evitar um possível contágio. O resultado positivo para a H1N1 saiu praticamente 20 dias depois da morte da professora.

A coordenadora de epidemiologia de Campo Alegre, disse que o atestado de óbito da mulher não informava que a causa da morte teria sido em consequência do vírus, por isso, o caixão não permaneceu lacrado durante o velório.

“Não está no atestado de óbito dela a causa de H1N1, e sim insuficiência renal e cárdica, e por isso a gente não teve os devido cuidados durante o velório e suputamento dela, porque a gente não tinha em mãos, o resultado e o médico liberou”, disse Rosaine Peixoto, coordenadora de  epidemiologia de Campo Alegre de Goiás

Apesar de fazer parte dos grupos de riscos, a mulher era orientada pelo médico dela, que é de Goiânia, a não receber nenhum tipo de vacina para não agravar ainda mais os problemas de saúde. “Como ela tinha a imunidade muito baixa, os médicos dela pedia para que ela não vacinasse com nenhum tipo de vacina devido o caso dela”, disse Rosaine Peixoto.

Mesmo com a morte da professora, as autoridades de saúde de Campo Alegre de Goiás, afirmam que não há motivos para pânico. Porém, as pessoas dos grupos de riscos não devem deixar de tomar a vacina contra a gripe H1N1.

A Secretária de Saúde de Campo Alegre de Goiás, informou que não existem motivos para pânico ou qualquer preocupação que seja por parte dos moradores. A secretária lembrou que se contrair o H1N1, essa pessoa vai manifestar os sintomas da doença em menos de 48 horas, e que isso não aconteceu, na mulher que morreu no dia 1º de abril, ou seja, no começo do mês nenhuma das pessoas próximas a ela não apresentaram sintomas.

As autoridades de saúde também acreditam que o vírus não foi propagado, nem em Campo Alegre e nem em Catalão.

“A gente quer avisar que as vacinas para os grupos prioritários estão sendo disponibilizadas fracionadas, mas não é por nossa causa, pois é norma do governo federal, mas não precisa de ter pânico, no caso dela (professora que morreu de H1N1), ela era totalmente suscetível a qualquer tipo de doença, porque como eu falei, ela não era vacinada, além de tudo, nunca se vacinou contra e ela tinha baixa imunidade. Não precisa de ter alarme, ter pânico, porque vamos ter vacina para todos os grupos prioritários e continuaremos vacinando durante todo esse período”, finalizou Meire Lúcia Pereira.


Escrito por: Badiinho Filho 

Foto: Reprodução/Facebook