18 de janeiro de 2023

POLÍCIA CIVIL AFIRMA QUE RECEBEU DENÚNCIA DE QUE MORADOR DE CATALÃO TERIA INVADIDO PALÁCIO DO PLANALTO EM BRASÍLIA E QUEBRADO RELÓGIO HISTÓRICO; INFORMAÇÃO FOI REPASSADA PARA A PF

identificado como Cláudio, suposto morador de Catalão foi quem teria quebrado relógio histórico no Planalto. Foto: Reprodução / TV Globo/Divulgação

O assunto do momento nos grupos de Whatsapp e em vários veículos de imprensa do Brasil nas últimas horas, coloca a cidade de Catalão, cidade do sudeste goiano a pouco mais de 240 quilômetros de Goiânia em evidência, porém, de forma negativa, é da participação de pessoas de Catalão nos atos de vandalismos e de quebradeira na Praça dos Três Poderes, em Brasília, capital do Brasil.

De acordo com vários noticiários, entre os vândalos que estavam em Brasília-DF no último dia 08 de janeiro, os quais invadiram as dependências do Palácio do Planalto, no Senado Federal e no Supremo Tribunal Federal (STF), alguns deles seriam de nossa cidade.

Um deles, identificado como Claudinho, seria morador da Vila Cruzeiro, em Catalão, e ele teria quebrado o relógio trazido ao Brasil em 1808 por Dom João VI, que estava em exposição no Palácio do Planalto, conforme informa matéria da Revista Fórum.

Imagens divulgadas pelo Fantástico, da TV Globo, no domingo (15) mostram o homem, que estava com uma camiseta com o rosto de Bolsonaro estampado, puxando o relógio de uma mesa, atirando-o ao chão. Em seguida, o terrorista desaparece e volta com um extintor, que ele usa para tentar destruir por três vezes a câmera de segurança que flagrou a cena.

O homem foi identificado em um grupo de WhatsApp como Claudio – “Claudinho” – e já teria passagem pela polícia por roubo.

“O nome dele é Claudio, chamam de Claudinho, foi meu vizinho na Vila Cruzeiro, já foi preso por roubo. É perigoso, perigosíssimo”, disse o denunciante, segundo reportagem divulgada pelo site Goiás 24 horas.

O Badiinho entrou em contato com a Polícia Civil de Catalão, que conformou ter recebido a denúncia anônima na última terça-feira (17), e, no mesmo dia, essa informação  foi repassada pela Polícia Civil de Catalão para a Polícia Federal, que é o órgão com atribuição pra investigar esse  fato.

 

SOBRE O RELÓGIO TRAZIDO POR DOM JOÃO VI

Antes e depois do relógio destruído por terrorista (Divulgação)

Segundo o curador dos acervos do Palácio do Planalto e do Palácio do Alvorada, Rogério Carvalho, o relógio, exposto no terceiro andar do Palácio do Planalto, pode ter sido um presente do rei da França Luís XIV ou uma compra da corte portuguesa.

A peça foi desenhada por André-Charles Boulle e fabricada pelo relojoeiro francês Balthazar Martinot no final do século 17. Ele foi restaurado em 2012, após ter sido resgatado de um depósito do governo federal.

Essa é uma das duas peças do relojoeiro francês Balthazar Martinot existentes. A outra está exposta no Palácio de Versalhes, na França, no quarto de Maria Antonieta, e tem metade do tamanho do relógio destruído.

“A caixa é feita em casco de tartaruga e essa caixa foi jogada ao chão e ficou muito quebrada. O bronze que estava aderido à parte da tartaruga desconectou-se, a escultura que encimava o relógio foi partida, o vidro foi quebrado, a caixa com a assinatura do Martinot foi desconectada e a máquina foi atirada ao chão com tanta força que um ponteiro sumiu”, disse Carvalho ao jornal Correio Braziliense.

Ele acredita que a restauração da peça seja muito difícil. “Acho pouco provável que no Brasil alguém faça. Já há movimentação de várias pessoas se oferecendo para a restauração”, opina o curador, revelando que a relojoaria suíça Piguet, uma das maiores do mundo, enviou uma carta ao Planalto se oferecendo para a missão.

 

Publicado por: Badiinho Moisés/Com informações da Revista Fórum