Parte da aeronave está soterrada a 5 metros

Escrito por: Cristiane Lima/Jornal O Popular 

Foto: Ricardo Rafael

Equipes do Centro Nacional de Prevenção de Acidentes (Cenipa) chegaram ao local do acidente às 9h30 de hoje. Seis militares fazem os trabalhos iniciais de investigação colhendo evidências e fazendo fotos da área de pasto da Fazenda Chapadão, na cidade mineira de Guarda-Mor, a 110 km da cidade goiana de Catalão.

A tenente do Cenipa Carla Azevedo informou que detalhes sobre o acidente não podem ser repassados por enquanto porque as equipes ainda estão em campo. A aeronave caiu na área de pastagem do gado, nas não haviam animais no local no momento do acidente. Uma das asas está enterrada pelo menos cinco metros.

Ainda não há previsão para conclusão do trabalho da perícia, mas a expectativa é que os corpos sejam retirados ainda essa tarde. O IML da cidade mineira Paracatu foi acionado, mas até o início da tarde de hoje, os técnicos não haviam chegado.

“Senti até o chão tremer”, diz funcionário de fazenda

Foto: Reprodução/TV Anhanguera 

Funcionário da Fazenda Chapadão, onde ocorreu o acidente aéreo que vitimou os cinco ocupantes da aeronave Cessna 650, prefixo PT-WQH, que caiu na cidade de Guarda-Mor (MG), o operador de máquinas Evandro Oliveira dos Santos estava fechando a porteira da Fazenda para ir embora quando viu a aeronave perder altura.

Ele conta que chegou a pensar que o piloto tentaria aterrissar em uma das duas pistas de pouso que estão localizadas dentro da propriedade. “Ouvi um barulho forte e quando olhei era o avião voando baixo. Não tinha fumaça, nada. Apenas o barulho.”

Logo depois desse ruído semelhante ao de um trovão, disse que viu o impacto. “Senti até o chão tremer. Foi um barulho forte, seguido do fogo.” Ele acrescenta que correu para o local do acidente junto com outros quatro funcionários da Fazenda na tentativa de ajudar no possível resgate de vítimas. “Mas infelizmente nada mais podia ser feito.”

Santos detalha que a explosão fez uma cratera de cerca de cinco metros de profundidade e espalhou destroços por muitos metros. “Não sei quanto exatamente, mas acredito que mais de cem metros. “

Eram 19h05 quando ocorreu o acidente. Por ser horário de verão, ainda era dia. “Foi possível ver o avião claramente. Não havia fogo antes do impacto com o solo.” O operador de máquinas conta que ainda se juntou aos colegas para tentar a pagar o fogo antes da chegada dos Bombeiros.

A dificuldade no acesso à fazenda fez com que o corpo de bombeiros demorasse pelo menos duas horas para chegar ao local. Até agora ainda há fumaça no local do acidente, mas o fogo foi controlado ainda na madrugada.

Identificados piloto e copiloto do avião do Bradesco

Foto: Reprodução/Facebook

Foram identificadas todas as vítimas da queda de um avião entre as cidades de Santo Antônio do Rio Verde, distrito de Catalão e Guarda Mor, em Minas Gerais, na noite de terça-feira (11).

O piloto do avião acidentado era Ivan Morenilla Vallim. Ele trabalhava para o banco Bradesco havia 33 anos e tinha mais de dez mil horas de voo. Já o copiloto do voo, Francisco Henrique Tofoli Pinto, era de uma empresa terceirizada.

Além deles, estavam no avião Marco Antônio Rossi, presidente do grupo Bradesco Seguro, e Lúcio Flávio de Oliveira, presidente da Bradesco Vida e Previdência.

A Força Aérea Brasileira informou por meio de nota que a aeronave saiu de Brasília com destino a São Paulo, às 18h39 e desapareceu dos radares do controle de tráfego às 19h09.

Copiloto morto em acidente estava noivo

Foto: Reprodução/Facebook

Morto no acidente que vitimou altos executivos do Bradesco na divisa com Minas Gerais, o copiloto da aeronave Francisco Henrique Tofoli Pinto, de 32 anos, estava noivo. A informação constava tanto do perfil do Facebook, tanto dele quanto da noiva. Natural de Piracicaba, Tofoli Pinto se formou em 2009 no Aeroclube do Campo de Marte, na zona norte da capital paulista.

Apesar de o copiloto ser bastante ativo na rede, compartilhando conteúdo de teor político, até o momento da publicação não havia comentários relacionados ao acidente em nenhum dos perfis.

A queda da aeronave Cessna Citation 7, prefixo PT-WQH, do Banco Bradesco, ocorrida ontem numa fazenda a 120 quilômetros de Catalão, matou, além do copiloto, o presidente do Bradesco Vida e Previdência, Lucio Flávio Conduru de Oliveira, o presidente do Bradesco Seguros, Marco Antônio Rossi e o piloto do avião Ivan Morenilla Vallim.

 

Dilma lamenta morte de executivos do Bradesco

Foto: Reprodução

A presidente Dilma Rousseff lamentou nesta quarta-feira (11) a morte dos executivos do Bradesco Marco Antonio Rossi e Lúcio Flávio de Oliveira, vítimas de um acidente aéreo em Minas Gerais.

Em nota, a petista expressou pesar aos familiares e amigos dos diretores da instituição financeira dos pilotos da aeronave Ivan Morenilla Vallim e Francisco Henrique Tofoli Pinto, que também morreram na queda.

“Marco Antonio Rossi e Lúcio Flávio de Oliveira cumpriram papel fundamental na trajetória de uma organização que sempre acreditou no Brasil”, disse.

O jato Cessna Citation 7 caiu em uma propriedade rural em Guarda-Mor (MG), perto da divisa com Goiás, na noite desta terça-feira (10). Rossi era presidente da Bradesco Seguros e era tido como um dos nomes que concorreriam à sucessão de Luiz Carlos Trabuco no comando do banco brasileiro.

Segundo a Aeronáutica, o avião, de prefixo PT-WQH, decolou às 18h39 de Brasília com destino a São Paulo. O jatinho, de fabricação americana, desapareceu dos radares às 19h04, horário em que caiu em Guarda-Mor.

De acordo com o registro da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), o avião pertencia ao banco Bradesco e tinha situação regular, com todas as licenças em dia. A capacidade para o jatinho executivo de médio porte era de até oito passageiros.

Em comunicado oficial, o Bradesco confirmou as mortes e lamentou o acidente. “Reconhecidos pelo talento, competência e entusiasmo no trabalho, fraternal convivência com suas equipes e plena dedicação às suas famílias, eles cumpriram carreiras brilhantes”, disse.

COMUNICADO OFICIAL

Em comunicado oficial, o Bradesco confirmou as mortes e lamentou o acidente.

“Com profundo pesar, a Organização Bradesco comunica o falecimento, em razão de acidente aéreo no início da noite de ontem [terça], dos nossos colegas e amigos Marco Antônio Rossi, presidente da Bradesco Seguros e vice-presidente do Bradesco, Lúcio Flávio Condurú de Oliveira, presidente da Bradesco Vida e Previdência, Ivan Morenilla Vallim, comandante da aeronave, e Francisco Henrique Tofoli Pinto, copiloto.”

“Reconhecidos pelo talento, competência e entusiasmo no trabalho, fraternal convivência com suas equipes e plena dedicação às suas famílias, eles cumpriram carreiras brilhantes. Os desaparecimentos prematuros interrompem tragicamente trajetórias profissionais marcadas por vitórias e conquistas, exemplares para todos os que com eles conviveram e que serão referência para as nossas novas gerações”, afirma a empresa, em nota.

Por meio do comunicado, a empresa também enviou condolências aos familiares das vítimas.

“Aos amigos, colegas, colaboradores e, de modo especial, às famílias que sofreram perdas tão duras e repentinas, a Organização Bradesco expressa, comovida, nossas sinceras condolências.”