Através de uma investigação coordenada pelo delegado titular da 1ª DP, Dr. Pedro Democh, a Polícia Civil de Catalão intensificou, nas últimas semanas, ações de combate a crimes de estelionato e falsificação de moeda que vinham afetando moradores e comerciantes da região. Além de operações que também envolveram investigações do Grupo Especial de Investigações Criminais (GEIC), ambas investigações das duas delegacias resultaram tanto na prisão de golpistas em São Paulo quanto na apreensão de cédulas falsas.
Operação Falso Prêmio
Na última quarta-feira (19), o delegado Dr. Fernando Maciel e a equipe do 1º Distrito Policial de Catalão deflagraram, em São Paulo, a Operação Falso Prêmio, que cumpriu 10 mandados de busca e apreensão e 3 mandados de prisão preventiva.
Segundo o delegado, os criminosos atuavam infiltrando-se em grupos de promoções de supermercados e farmácias de Catalão. Depois de entrar nos grupos, os golpistas abordavam as vítimas no privado, informando que elas teriam ganhado um vale-compras de R$ 3 mil. Assim, para “ativar” o prêmio, os estelionatários enviavam um link falso que solicitava dados bancários.
Ao preencher as informações, as vítimas davam acesso às suas contas, permitindo que os criminosos realizassem transações via PIX, esvaziando totalmente o saldo disponível.
O número de vítimas ainda está sendo atualizado. Pois, com a deflagração da operação, mais moradores têm procurado a delegacia para relatar prejuízos. A estimativa inicial é de que os golpes possam ultrapassar R$ 200 mil.
Os três suspeitos presos em São Paulo, segundo o delegado, forneciam contas bancárias para receber o dinheiro das vítimas e repassá-lo aos líderes da quadrilha. Além disso, computadores e celulares apreendidos seguem em análise, e novas prisões não estão descartadas.
Dessa forma, eles responderão por estelionato qualificado mediante uso de dispositivo eletrônico e associação criminosa.
Dr. Fernando Maciel reforça que a população deve desconfiar de links recebidos pelo celular:
“Não existe almoço grátis. Se receber mensagem de prêmio, procure pessoalmente o estabelecimento antes de fornecer qualquer dado”, alertou.
Notas falsas: dois jovens são identificados
Ademais, em outra frente de atuação, o GEIC apreendeu, nesta semana, três cédulas falsificadas de R$ 100 que estavam sendo repassadas ao comércio local. A investigação identificou dois suspeitos: um jovem de 19 anos, morador de Catalão, e um adolescente de 17 anos, residente em Goiandira.
A Polícia Civil conseguiu localizá-los após monitoramento constante de grupos de WhatsApp e perfis suspeitos em redes sociais. Segundo o delegado, os policiais perceberam movimentações que indicavam a preparação para uma distribuição maior de notas falsas na cidade. A ação rápida impediu que o prejuízo fosse ampliado.
Assim, o maior de idade responderá pelo crime de moeda falsa, cuja pena varia de 3 a 12 anos de reclusão. Já o adolescente será responsabilizado por ato infracional análogo ao mesmo crime, conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Os comerciantes lesados já foram identificados, e cada um recebeu uma cédula falsa.
Dr. Maciel orienta que, devido à diminuição do uso de dinheiro físico, muitos comerciantes perderam o hábito de verificar notas:
“Se houver dúvida, basta buscar online os sinais de autenticidade da nota e comparar com o dinheiro recebido. Caso confirme a falsificação, procure a Polícia Civil imediatamente.”
Ações integradas e prevenção a novos golpes
Além disso, o delegado também destacou que a Polícia Civil tem atuado de forma intensa para proteger tanto consumidores quanto comerciantes, especialmente diante do aumento de golpes digitais e do período de compras da Black Friday.
Além da operação em São Paulo e da apreensão das notas falsas, a corporação lançou recentemente uma campanha de conscientização e prevenção para alertar a população sobre fraudes recorrentes.
Dr. Maciel agradeceu o apoio da imprensa local e reforçou que novas operações deverão ocorrer sempre que necessário:
“Trabalhamos continuamente para evitar que golpes se espalhem pela região. A resposta rápida tem sido fundamental.”

