16 de fevereiro de 2022

“Meu filho caiu do mesmo toboágua há 6 anos”, diz pai sobre tragédia em clube de Caldas Novas

Foto: Reprodução

A tragédia envolvendo o menino David Lucas de Miranda, de 8 anos, que morreu após cair de um toboágua em um clube de Caldas Novas, não foi a primeira no local. O empresário Paulo Henrique Macedo contou ao site Mais Goiás que, há seis anos, o filho com 7 anos na época caiu do mesmo brinquedo chamado Vulcão. Hoje com 13 anos, Ailton Gabriel Macedo ficou 10 dias intubado, com traumatismo craniano, fraturas de ossos do rosto e coágulo no cérebro. A informação foi publicada no jornal Mais Goiás.

Segundo o empresário, o acidente com o filho aconteceu em janeiro de 2016. De acordo com ele, a história foi similar à tragédia ocorrida no último domingo (13).

O homem conta que, juntamente com o padrasto, o filho subiu as escadas para descer pelo brinquedo. Ele explica que, no ‘Vulcão’, havia quatro toboáguas, sendo que um deles só podia ser usado por maiores de 12 anos, conforme indicado em uma placa. De acordo com Paulo Henrique, no local não havia nenhum funcionário para controlar o acesso ao equipamento.

“Meu companheiro acompanhava meu filho. O plano era que Ailton descesse pelo toboágua azul, mas em um movimento rápido, ele saiu correndo e desceu pelo toboágua branco”, disse.

Paulo Henrique afirma que, por não ter o peso ideal para o brinquedo, o filho parou no meio do trajeto e, ao tentar sair do toboágua, caiu de uma altura de cerca de 7 metros. De acordo com ele, o clube foi negligente após o acidente.

“Não havia nenhum médico e o salva-vidas era muito despreparado. Meu filho estava caído, inconsciente, e o funcionário o pegou pelo braço, sem ao menos se atentar nos riscos de uma possível lesão na coluna. Imediatamente, outros funcionários limparam o sangue para ninguém gravar”, contou.

À reportagem, o empresário afirmou que a direção não ofereceu suporte necessário. “Com muito custo, pagaram sete diárias para a mãe e a avó do meu filho, mas foi só isso. Nunca ligaram para saber como ele estava. Foi uma tragédia ocorrida no clube e eles não se mobilizaram”.

Conforme expõe Paulo Henrique, além de não prestar assistência, o clube ainda o intimidou. “Eles faziam pressão e falavam que eu era negligente e poderia ficar sem ver meu filho. Eles fazem você acreditar que é o ocupado. Acredito que a família do Davi esteja com esse mesmo sentimento agora”, comentou.

O empresário disse, ainda, que ficou indignado com a nota do clube em que aponta o acidente ocorrido no último domingo (13) como o maior em 50 anos. “Não foi a primeira vez. Meu filho teve traumatismo craniano e ficou 10 dias intubado. Os médicos nem acreditavam na recuperação do Ailton. Graças a Deus tivemos um desfecho diferente, mas foi uma grande tragédia”, afirmou.

O Grupo Di Roma disse que não vai comentar o caso ocorrido em 2016. A direção aguarda a conclusão das investigações para se manifestar.

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Publicado por: Badiinho Moisés 


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