Moradores do bairro Pontal Norte, em Catalão (GO), se reuniram na manhã desta terça-feira (30) com autoridades municipais, estaduais e federais. O objetivo foi cobrar soluções urgentes para os problemas de alagamento e as dificuldades de acesso ao bairro no trecho urbano da BR-050.
O encontro aconteceu no dispositivo de acesso ao setor, local que tem registrado alagamentos recorrentes durante as últimas chuvas.
Comunidade relata transtornos após duplicação da rodovia

A reunião foi conduzida pelo prefeito Velomar Rios e contou com representantes da concessionária Ecovias Minas Goiás, da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), do deputado federal José Nelto e do presidente da Câmara Municipal, Jair Humberto. Além disso, moradores e lideranças comunitárias participaram do debate.
Durante as falas, os moradores afirmaram que, desde a duplicação da rodovia, o bairro passou a enfrentar sérios transtornos. Segundo eles, os problemas se intensificam nos períodos chuvosos.
O presidente da Associação de Moradores do Pontal Norte, Ney Edvaldo, destacou que a comunidade aguardou a obra por anos. No entanto, de acordo com ele, o projeto acabou criando novos problemas.
“Além da dificuldade de acesso, os alagamentos isolam o bairro. Em uma emergência, ambulâncias e viaturas não conseguem chegar. Isso nos preocupa muito”, afirmou.
Drenagem insuficiente agrava situação durante as chuvas
De acordo com os moradores, o sistema de drenagem instalado no local não suporta o volume de água das chuvas recentes. Como resultado, a água se acumula no dispositivo de acesso e em áreas próximas à represa.
Mesmo em chuvas consideradas moderadas, a situação já se torna crítica. Por isso, a comunidade teme consequências ainda mais graves em caso de temporais intensos.
Além disso, moradores relataram que o novo acesso obriga motoristas a percorrer longas distâncias. Muitos precisam fazer retornos pelo Distrito Industrial (DIMIC) ou pelo JK. Essa mudança aumenta o tempo de deslocamento e prejudica trabalhadores, estudantes e motoristas de veículos pesados.
Prefeitura e Câmara cobram providências da concessionária
O prefeito Velomar Rios afirmou que a Prefeitura já notificou oficialmente a concessionária. Segundo ele, a administração municipal solicitou relatórios técnicos para identificar falhas no projeto e na execução da obra.
De acordo com o prefeito, a Prefeitura encaminhou toda a documentação à ANTT e à diretoria da Ecovias. “Não se trata de um problema político. Trata-se de um problema que afeta diretamente a população. Onde o povo sofre, o poder público precisa estar presente”, destacou.
O presidente da Câmara Municipal, Jair Humberto, classificou a situação como grave. Ele afirmou que a obra, considerada um sonho antigo, virou um transtorno no período chuvoso. Por isso, a Câmara protocolou um documento na ANTT pedindo providências imediatas e correções nos pontos de drenagem, acessibilidade e sinalização.
ANTT e deputado cobram plano emergencial
O representante da ANTT, Igor Freitas, explicou que a agência fiscaliza e regula os serviços prestados pela concessionária. Segundo ele, cabe à Ecovias apresentar um projeto com soluções para corrigir as irregularidades.
Caso isso não ocorra, a ANTT poderá aplicar sanções previstas no contrato. As penalidades variam de multas até medidas mais severas.
Já o deputado federal José Nelto fez duras críticas à concessionária. Ele afirmou que os alagamentos registrados nas últimas chuvas evidenciam falhas no planejamento da obra. Além disso, classificou a situação como urgente.
Segundo o parlamentar, novas representações foram encaminhadas à ANTT e a outros órgãos de controle. O objetivo é cobrar um plano emergencial para evitar novos transtornos. “O Pontal Norte está isolado. A população não pode continuar pagando o preço por erros de projeto”, afirmou.
Problema segue sem solução

Apesar das reuniões e das cobranças formais, os moradores afirmam que o problema dos alagamentos ainda não foi resolvido. Por isso, a comunidade segue apreensiva com a possibilidade de novas chuvas agravarem ainda mais a situação.
Os moradores pedem soluções definitivas que garantam acesso seguro, drenagem eficiente e melhores condições de mobilidade para quem vive no bairro.











