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SP tem uma morte confirmada por intoxicação de bebida com metanol e quatro em investigação

Polícia Federal investiga origem de metanol usado em bebidas falsificadas - Foto: Reprodução

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), anunciou nesta terça-feira (30) a primeira morte confirmada por ingestão de bebida adulterada com metanol. Outros quatro óbitos seguem em investigação. Até agora, autoridades analisam 27 ocorrências, entre mortes e casos de intoxicação.

Divergência nos números

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, em entrevista coletiva nesta terça-feira (30), ao lado das autoridades da Segurança Pública e da Saúde – Foto: Reprodução

Durante entrevista, Tarcísio e o secretário da Saúde, Eleuses Paiva, apresentaram dados diferentes. Pois, o governador afirmou que, das 22 suspeitas de intoxicação, cinco foram confirmadas e 17 seguem em análise. Já o secretário falou em sete confirmações e 15 investigações.

Ações emergenciais

Dessa forma, o governador informou que criou um gabinete de crise para enfrentar a situação. Além disso, determinou a interdição cautelar de todos os estabelecimentos onde foram consumidas bebidas adulteradas. Segundo ele, das cinco mortes notificadas, apenas uma foi confirmada por metanol. A vítima, de São Bernardo do Campo, teria consumido a bebida na capital paulista.

Atualmente, a Secretaria da Saúde contabiliza:

Como ocorre a adulteração

De acordo com as investigações, falsificadores utilizam garrafas de marcas conhecidas, como gin e vodca. Eles retiram o líquido original, acrescentam metanol e revendem o produto adulterado.

O metanol é altamente inflamável e tóxico. Assim, sua ingestão, inalação ou contato prolongado pode provocar náusea, tontura, convulsões, cegueira e até a morte.

Fiscalização e investigações

Nos últimos dias, as autoridades apreenderam 50 mil garrafas suspeitas e 15 milhões de selos falsificados. Tarcísio ressaltou que o problema ultrapassa as fronteiras paulistas e exige maior fiscalização em todo o Brasil.

Mais cedo, em Brasília, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, confirmou que a Polícia Federal abriu investigação para rastrear a origem do metanol. Segundo ele, a distribuição pode atingir outros estados.

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