21 de agosto de 2013

Melhor de duas com o vereador e presidente da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário, Leonardo Bueno

DSCF1941Vereador e presidente da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário de Catalão

Por: Badiinho Filho

No ano de 2011, o senhor protagonizou um desentendimento em que quase que o senhor e governador foram as vias de fato. Muitos foram os boatos. Explique o que realmente aconteceu naquele episódio.

Não é segredo. Houve mesmo esse desentendimento entre mim e o governador de Goiás. O fato se deu na festa do ano de 2011 quando era para ser feito um anúncio informando o valor que o governador tinha doado à festa em louvor a Nossa Senhora do Rosário. Eu falei que valores eu não falava não falarei enquanto tivesse a missa. É uma postura que eu adoto todos os anos: não cito valores financeiros, até porque já havia sido veiculado em todos os jornais que o governador tinha dado essa ajuda aos ternos de congos. Eu fazia parte de um grupo politico e depois passei a ser de outro grupo. Isso veio à tona naquela discussão. Dentro da política existem as jogadas, mas eu não guardo mágoa, nem rancor e fui, à frente da Irmandade, a mais uma eleição. Fui reeleito e prestei conta do dinheiro doado. Todos os capitães receberam o dinheiro em cheques nominais. O dinheiro foi depositado no dia anterior do anúncio da doação feito pelo governador, no Banco do Brasil. Após três dias, o dinheiro já estava liberado. Fiz o chegue juntamente com o meu tesoureiro que, na época, presidente do PSDB, o senhor Joel Fernandes. Juntos, fizemos o pagamento a todos os capitães. Houve um mal entendido, não por conta do meu desentendimento com o governador, mas foi entre as partes. O valor de R$ 100 mil doado para as congadas, R$ 77 mil a serem aplicados nos ternos de congos (R$ 3,5 para cada terno) e o restante para ser aplicado para Irmandade de Nossa Senhora do Rosário. O fato de eu ter saído de um partido político e ido para outro grupo foi o principal causador desse episódio. Mas não guardo mágoa, rancor e nem ódio. Fui eleito vereador e presidente da Irmandade para representar, não somente as congadas, mas toda a sociedade catalana.

No dia 7 de agosto, o senhor recebeu um convite para participar, juntamente com membros das congadas, do prefeito Jardel e do festeiro deste ano, Ricardo Bueno, de um almoço com o governador Marconi Perillo. Como foi esse reencontro passados quase dois anos do desentendimento?

Não tive problema em participar do almoço, até porque tenho que acompanhar a minha entidade e, como presidente, convidei a minha diretoria, que compareceu em parte. Alguns não puderam comparecer porque o almoço foi realizado numa quarta-feira e muitos tinham seus compromissos. O presidente Saulo e o Eduardo convidaram todos os capitães . Convidei também o festeiro deste ano, Ricardo Bueno, que foi fazer também as suas reivindicações. Fomos também para participar de um almoço com o governador e é logico que o assunto principal seria, além do amor das congadas, esse desentendimento que tivemos. Na hora que fui convidado a fazer o uso da palavra, pedi desculpa a todos. Se eu errei, não errei sozinho, porque não administro uma entidade sozinho. Jamais colocaria a irmandade em páginas policiais, colocando-a em maus lençóis, ainda mais se tratando da pessoa do governador de Goiás, que está capacitado em assumir um cargo muito difícil, que o de governar um estado grande como o nosso. Fui lá, conversei, a gente agradeceu e Marconi, por sua vez, disse que estavam, mais uma vez, disposto a ajudar a todos os grupos de congadas.