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Retenção judicial de R$ 4 milhões busca garantir salários de terceirizados da Equatorial em Goiás

Cerca de 120 trabalhadores da Dolp Engenharia estão parados em Catalão. Foto: Reprodução

A Justiça do Trabalho determinou a retenção de R$ 4 milhões de valores devidos à DOLP Engenharia Ltda – EPP pela Equatorial Goiás Distribuidora de Energia. A medida busca garantir o pagamento de salários e benefícios atrasados de trabalhadores que atuam como prestadores de serviço no Estado.

A decisão partiu da 2ª Vara do Trabalho de Aparecida de Goiânia, após ação ajuizada pelo Sindicato dos Trabalhadores na Construção e Manutenção de Redes e Distribuição de Energia Elétrica no Estado de Goiás.

De acordo com o sindicato, 1.049 trabalhadores não receberam o salário de novembro de 2025 nem o auxílio-alimentação de dezembro. Além disso, existe risco de não pagamento do 13º salário. No total, a dívida pode chegar a cerca de R$ 7 milhões.

Mobilização cresce e tem forte adesão em Catalão

Cerca de 120 trabalhadores da Dolp Engenharia estão parados em Catalão. Foto: Reprodução

Diante dos atrasos, trabalhadores iniciaram uma mobilização em várias regiões do Estado. Atualmente, cerca de 200 profissionais participam do movimento. Somente em Catalão, aproximadamente 120 trabalhadores aderiram à paralisação.

Um colaborador da cidade, que preferiu não se identificar, afirmou que a paralisação começou após sucessivas promessas de pagamento não cumpridas.

“Estamos parados desde o dia 6. O pagamento não caiu no quinto dia útil. Disseram que iam pagar, mas isso não aconteceu. Não recebemos o salário de novembro nem o vale-alimentação. Nossa única reivindicação é receber o que é nosso. Enquanto isso não acontecer, não voltamos”, relatou.

Equatorial alerta para impacto nos atendimentos

Durante o processo, a Equatorial Goiás informou que possui R$ 4 milhões disponíveis para repasse imediato à DOLP Engenharia. A empresa também sinalizou a possibilidade de antecipar valores de faturamento futuro. No entanto, a Justiça não autorizou esse adiantamento.

Segundo a concessionária, a paralisação das equipes terceirizadas pode provocar impactos significativos nos atendimentos emergenciais de energia elétrica. O problema pode atingir 38 municípios goianos, especialmente em serviços essenciais.

Por isso, a Justiça determinou que o sindicato negocie com os trabalhadores o retorno das atividades. As tratativas deverão ser comprovadas até a audiência de conciliação marcada para o dia 15 de dezembro. Confira nota na íntegra da Equatorial Goiás emitida no dia 8 de dezembro:

“A Equatorial Goiás acompanha de perto a situação envolvendo a empresa Dolp e informa que, nesta segunda-feira (8), não há qualquer impacto no atendimento aos clientes, mantendo todas as frentes de serviço em operação. A distribuidora reforça que adotou medidas internas de reforço operacional para garantir a continuidade dos serviços com eficiência e segurança, preservando o atendimento à população.

“A Equatorial Goiás salienta que mantém em dia todas as obrigações financeiras e contratuais com a Dolp e reforça que os pagamentos estão sendo realizados conforme prevê o contrato vigente.

A distribuidora esclarece, ainda, que não participa da gestão interna entre empresas prestadoras de serviço e seus empregados. No entanto, acompanha de forma ativa e atenta o processo contratual com a parceira, de modo a garantir que todas as obrigações sejam cumpridas sem exceção. As tratativas com a terceirizada seguem em andamento, com a confiança de que o diálogo e o equilíbrio prevalecerão.

A Equatorial Goiás reitera seu compromisso com a ética, responsabilidade social, boa-fé e transparência, sempre buscando a construção de relações sólidas com seus fornecedores”.

Assessoria de Imprensa da Equatorial Goiás

Posicionamento da DOLP

A reportagem procurou a DOLP Engenharia Ltda – EPP para comentar o caso. Até o fechamento desta matéria, a empresa não havia se manifestado. O espaço permanece aberto.

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