8 de fevereiro de 2022

Julgamento dos casos de desapropriação por mineradoras de terras na comunidade Macaúba está previsto para abril

Camponeses têm terras invadidas por mineradora. Foto: Divulgação/Tribunal do Cerrado

O julgamento das denúncias de desapropriação de terras na comunidade tradicional da agricultura familiar de Macaúba, no município de Catalão, está previsto para acontecer em abril, mas ainda não tem data definida. A informação foi dada por integrantes da Comissão Pastoral da Terra (CPT), que defendem os fazendeiros prejudicados.

Moradores da localidade, que têm seu território titulado e regularizado, luta para mantê-lo, enquanto vêm enfrentando, há décadas, a apropriação de terras. De acordo com o Tribunal do Cereado, a região passa por problemas relacionados a águas, expulsões, violência, ameaças, contaminação por resíduos tóxicos e até mesmo alta incidência de câncer depressão e doenças respiratórias provocadas por empreendimentos minerais de nióbio e fosfato, hoje pertencentes à multinacional norte-americana Mosaic Fertilizantes (comprou da Vale S.A.) e à corporação chinesa China Molybdenum Company – CMOC (comprou da Anglo American), com a conivência do estado.

A mineradora entrou na justiça para conseguir desapropriar as terras deles com o intuito de praticar exploração mineral. Desde 2017 esses fazendeiros lutam para não perderem suas propriedades.

De acordo com a CTP, o caso se trata de um “crime contra os direitos humanos”, e que as terras foram pedidas a “preço de banana”, e que proprietários não tiveram outra a não ser deixar o local. Mesmo assim, alguns que permaneceram na região sofrem os impactos ambientais causados pelo polo minero-químico.

O Blog do Badiinho entrou em contato com a empresa responsável pela exploração das terras, mas não teve resposta.

 

Publicado por: Badiinho Moisés Filho