15 de março de 2017

Juiz aceita denúncia sobre morte de mulher que aumentou bumbum

Escrito por: Redação/Fonte: Portal G1 

Fotos: Reprodução 

Maria José morreu após aplicações para aumentar bumbum (Foto: Aracylleny Santos/ Arquivo Pessoal)

O juiz Eduardo Pio Mascarenhas, da 1ª Vara Criminal de Goiânia, aceitou a denúncia contra a falsa biomédica Raquel Policena Rosa e o namorado dela, Fábio Justiniano Ribeiro, pela morte da ajudante de leilão Maria José Brandão, de 39 anos, depois de fazer aplicações para aumentar o bumbum. Agora, os dois respondem por homicídio simples, com dolo eventual.

De acordo com a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), a denúncia foi acatada na última quarta-feira (8). Na mesma data, o magistrado determinou a notificação dos réus, o que deve ocorrer em até 10 dias úteis. Depois desse período, a defesa de ambos terá mais um prazo para se manifestar.

Ao G1, o advogado Tadeu Bastos, que representa Raquel e Fábio, destacou que, até o início da tarde desta terça-feira (14), nenhum dos dois havia sido notificado sobre o processo.

“Estamos aguardando essa citação e, assim que ela ocorrer, vamos fazer a defesa prévia. Mas continuamos com a tese inicial de que não houve intenção de matar a Maria José. Tanto que a Raquel aplicou o produto em si própria. Mas vamos provar isso ao longo do processo”, ressaltou.

Maria José morreu em 25 de outubro de 2014, menos de um dia depois de fazer a segunda aplicação no bumbum de um produto, ainda não identificado, em uma clínica estética da capital. Após se sentir mal, ela foi internada no Hospital Jardim América, mas não resistiu e morreu.

Na época, Raquel Policena chegou a ficar 10 dias presa, mas foi liberada e desde então responde em liberdade. Além dela, o namorado, que a auxiliou nas aplicações para aumento de bumbum, também foi indiciado no caso.

Para a Polícia Civil, os dois cometeram homicídio doloso com dolo eventual, além dos crimes de exercício ilegal da profissão, lesão corporal e distribuição de produtos farmacêuticos sem procedência.

Segundo Tadeu Bastos, após ser solta da prisão, Raquel voltou para a cidade de Catalão, no sul de Goiás, onde mora a família. “Ela está lá ajudando o pai dela. Desde a época do caso, parou de trabalhar com estética”, garantiu.

O G1 tentou contato com familiares e amigos de Maria José, mas eles não foram localizados para comentar o caso até a publicação desta reportagem.