28 de setembro de 2018

Filho de Jayme Rincón chora em audiência e passa por exames médicos; pai apareceu sorrindo na chegada da sede da PF

(Foto: Sarah Teófilo)

O engenheiro civil Rodrigo Rincón, filho do presidente licenciado da Agência Goiana de Transporte e Obras (Agetop), Jayme Rincón, passou por audiência de custódia na tarde desta sexta-feira (28) na 11ª vara da Justiça Federal, em Goiânia. O jovem, preso na manhã de hoje na Operação Cash Delivery, chorou durante o procedimento e afirmou que não foi informado sobre o motivo da prisão, e que apresentaram apenas o “mandado de prisão”.

Rodrigo informou que sofre com síndrome do pânico, agorafobia e uma cardiopatia. Diante do quadro de saúde, o juiz Alderico Rocha Santos perguntou se traz alguma restrição e ele respondeu que sim. “Não posso fazer atividade física, não posso consumir álcool, cafeína”. Rodrigo disse que a maior causa da doença é exposição ao estresse.

A defesa pediu a soltura do jovem. O magistrado pediu que a Polícia Federal (PF) conduzisse Rodrigo para a avaliação do médico. Ainda na audiência de custódia, o laudo médico ficou pronto e pontuou que Rodrigo não apresenta contraindicação absoluta para permanecer na custódia da polícia. O médico ainda receitou medicamentos para o engenheiro. Rodrigo, portanto, permanece preso. Agora, o magistrado irá consultar a PF para avaliar se o jovem permanecerá ou não preso.


Operação

Deflagrada hoje pela manhã, o presidente licenciado da Agência Goiana de Transporte e Obras (Agetop) e atual coordenador da campanha de José Eliton (PSDB), Jayme Rincón, foi preso pela Polícia Federal por pagamentos indevidos de valores a agentes públicos em Goiás. Ele passará por audiência de custódia ainda hoje também.

De acordo com o Ministério Público Federal (MPF-GO), os indícios até então colhidos apontam que o ex-governador e candidato ao Senado Marconi Perillo (PSDB) era o chefe do grupo. Jayme Rincón atuou como seu braço direito, mantendo contato com os executivos da Odebrecht e coordenando as atividades dos demais investigados, que tinham a função de buscar o dinheiro em São Paulo e trazê-lo de avião a Goiânia, atuando assim como uma espécie de preposto.

Há suspeitas de que parte do dinheiro foi usada para adquirir um veículo de luxo para o filho de Jayme, Rodrigo Rincón, que à época era estudante e não possuía renda, no valor de R$ 170 mil, pagos em espécie. A compra foi realizada pouco depois de um dos eventos de entrega de propina.

Escrito por: Redação/Fonte: Jornal O Popular