3 de abril de 2018

Família de Eduardo Campos aponta sabotagem de avião em novo laudo

Foto do presidenciável na bancada do Jornal Nacional da Rede Globo no dia 12 de agosto de 2014, um dia antes de sua morte. (Foto: Divulgação/Globo).

O irmão do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, o advogado Antônio Ricardo Campos, foi ontem, segunda-feira (2) à Polícia Federal de Santos, em São Paulo, para pedir uma nova investigação sobre a queda do avião que vitimou o político. A família acredita na hipótese de sabotagem, baseando-se em novo laudo que teria sido realizado por peritos particulares. As informações são de O Globo.

Campos disse que um um fato “grave e relevante na investigação da causa do acidente” foi encontrado em novos estudos pode “mudar o curso da investigação”. Ele pede “rigorosa apuração no presente inquérito, com a devida responsabilização”. De acordo com ele, o sensor teria sido desligado, o que poderia ter sido a causa principal do acidente.

“O Speed Sensor da aeronave à toda evidência foi desligado, intencional ou não intencionalmente, sendo essa última hipótese de não intencional improvável, o que caracteriza que o avião foi preparado para cair, o que caracteriza sabotagem e homicídio culposo ou doloso”, informa o requerimento.

O laudo feito pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) declarou que houve falha humana, resposta contestada pela família. Segundo eles, a versão é inconsistente, apresentando equívocos em relação ao Relatório de Investigação do Controle do Espaço Aéreo (Ricea).

Na terça-feira (2), o advogado pretende notificar também o Ministério Público Federal em Santos, o Ministro da Justiça e a Procuradora-Geral de Justiça sobre a nova descoberta.

Acidente

O acidente ocorreu na manhã de 13 de agosto de 2014, quando a aeronave Cessna 560 XL saiu do aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, rumo à Base Aérea de Santos, no Guarujá, em São Paulo. Por volta de 10h, o avião  caiu em Santos, no bairro Boqueirão.

Além de Eduardo Campos, que estava em terceiro lugar na corrida presidencial pelo PSB, morreram quatro assessores dele, o piloto e o copiloto Geraldo Magela Barbosa.

Escrito por: Redação/Fonte Jornal O Popular 

Foto: Reprodução/Globo