29 de maio de 2023
ESTUDANTE AUTISTA TEM PARTE DA ORELHA ARRANCADA DURANTE BRIGA EM ESCOLA DE GOIANDIRA
Uma família de um estudante autista de 12 anos denunciou um incidente de agressão ocorrido em uma escola estadual de Goiandira, cidade localizada na região sudeste, a cerca de 18 quilômetros de Catalão. Segundo a tia do aluno, Poliana Aparecida, o garoto teve parte da orelha arrancada por um colega de 16 anos durante uma briga no refeitório da escola.
De acordo com Poliana, uma agressão aconteceu na terça-feira (23), depois que o adolescente provocou o estudante autista com tapas e o imobilizou usando uma gravata. Na tentativa de se defender, o garoto mordeu o dedo do agressor, mas acabou sofrendo a perda parcial da orelha. A tia relata que seu sobrinho vinha sendo alvo de importunações por parte do suspeito há meses e que já havia informado o caso à diretora da escola, sem que nenhuma medida fosse tomada.
Segundo Poliana, a estudante autista relatou ter sido agredida com tapas no pescoço, o que o levou a buscar a coordenação para reclamar. Após retornar à sala de aula, o garoto foi novamente agredido pelo mesmo aluno. Ao buscar ajuda da diretora, ela informou que resolveria o problema após o recreio. No refeitório, o estudante autista foi novamente alvo de agressões, e em um momento de confusão, acabou lançando um copo de suco em direção ao agressor, mas sem acertá-lo.
O estudante agredido foi encaminhado ao Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), em Goiânia, onde recebeu alta logo em seguida. Apesar disso, quase uma semana após o incidente, ele ainda relata sentir dores e expressar seu desejo de não retornar à escola.
A família está consternada com o ocorrido e relata que o incidente traumatizou o estudante, que se mostra assustado e apresenta mudanças comportamentais, como o choro frequente e a retração na comunicação. O aluno está tomando medicação e aguardando a realização de um enxerto para tratar sua lesão na orelha. A diretora da escola é apontada como responsável por não ter dado atenção devida ao caso, o que poderia ter evitado essa agressão.
Até o momento, a Secretaria de Estado da Educação não se manifestou sobre o assunto.
Publicado por: Badiinho Moisés/Com informações do G1 Goiás