28 de maio de 2013

Entrevista

Quem visitou a redação do E+ Notícias e Classificados e Blog do Badiinho para uma entrevista foi o empresário Jorcé Silvério. Ele que foi vereador de Catalão de 1992 a 2000. É formado em História , comerciante no ramo de autopeças há 18 anos e hoje é o presidente da Academia Catalana de Letras (ACL).

DSCF6606Historiador e presidente da Academia Catalana de Letras Jorcé Silvério

Quando foi que o senhor assumiu a Academia Catalana de Letras?

Tomei posse na Academia Catalana de Letras em 2007, como membro da academia. A partir deste momento, continuamos nosso trabalho fazendo parte da academia e, no ano passado, assumimos a nova diretoria. A eleição é feita a cada dois anos e eu fui eleito presidente da ACL, juntamente com outros companheiros, pois a diretoria é composta de presidente, vice-presidente, secretário e tesoureiro. Estou no cargo de presidente desde 2012 e continuarei no cargo até junho de 2014.

Explique como funciona a ACL.

O processo de administração da ACL ele é bem simples. Temos estatuto e regimento interno. Os membros da academia têm a responsabilidade de coordenar todo o processo da academia. A academia é composta por 30 membros efetivos, que são pessoas que tem a titularidade de pedir votos, direito de participação. Para se tornar um membro da Academia Catalana de Letras a pessoa precisa ter alguma titularidade, precisa ter escrito algum livro. Essa vaga surge a partir do momento que falece algum membro da ACL, porque o acadêmico é membro efetivo e só a partir da morte dele ficara vago esse espaço. A cadeira disponível na academia automaticamente passará a estar disponível e deverá eleger o novo membro conforme determina o edital. A partir do edital, são feita inscrições que serão avaliadas por uma comissão do conselho. Esse conselho decide quais as pessoas terão poder de assumir a titularidade da Academia Catalana de Letras.

A ACL irá completar no próximo dia 18 de julho seus 40 anos de existência. Existe alguma programação especial em vista para comemorar a data?

Não é fácil para uma entidade igual a nossa, que é reconhecidamente uma entidade pública estadual, municipal, mas que não recebe verba, comemorar 40 anos. São os próprios companheiros da casa que ali trabalham para sustentar a ACL. Em cada evento que realizamos, cada companheiro contribui com o que pode. Dentro do possível e de nossas condições financeiras, estamos programando essas comemorações. Temos uma participação e uma parceria com a Fundação Cultural Maria das Dores Campos, com o Rafael Purcina, o qual tem dado apoio para a Academia. Estamos trabalhando em parceria, ou seja, quando a Academia vai realizar algum evento, também leva o nome da fundação. Com essa parceria, acreditamos que o Rafael vai trabalhar junto com a ACL para realizamos as comemorações dos 40 anos da Academia Catalana de Letras com a realização de alguns eventos.

Recentemente foi realizada uma reunião entre membros da ACL e membros do poder executivo municipal de Catalão. O este encontro rendeu de produtivo?

A Academia surgiu em 1973. No primeiro momento ela foi composta por quatro membros que eram Cornélio Ramos (presidente), Jamil Sebba (vice-presidente), secretário Júlio Pinto de Melo e tesoureiro Antônio Miguel Jorge Chaud. Esses membros que começaram a dar essa vida à academia. De lá pra cá, estamos lutando para conquistar a sede da academia, pois até hoje não funcionamos em unidade própria. Temos uma sala na Fundação Cultural e essa reunião com o poder executivo, que tentamos em legislaturas anteriores e não obtivemos êxito, foi realizada com o objetivo de conseguir este espaço. Fiquei muito feliz com a participação do prefeito Jardel Sebba, que  deu todo o aval para nós. Tenho a certeza que vamos conseguir essa sede da academia por meio da participação do poder executivo, porque eles sabem a importância que tem a Academia Catalana de Letras para a cidade. Não é um benefício para o Jorcé ou para Mauro. A ACL é importante para toda a sociedade de Catalão, porque dá uma titularidade à sociedade catalana.

DSCF6608Jorcé Silvério comemora possibilidade da academia ganhar uma sede 

O senhor mencionou que há um interesse do prefeito Jardel Sebba em ajudar na sede da ACL. A ACL ela já tem um terreno próprio ou não?

No primeiro momento, a reunião foi muito proveitosa e eu acredito que há 99,9% de chance de conseguirmos essa sede, porque a pré-disposição do prefeito foi muito grande. Já citamos o local para ser instalada a sede, onde já existe um prédio construído. É uma estrutura da prefeitura e pelo que eu senti no prefeito é devemos conseguir essa sede. A prefeitura irá trabalhar para reformar esse prédio, o que já é um ganho muito grande. Como eu já disse, a ACL não tem verba nenhuma. Tenho certeza que com essa parceria, conseguiremos essa sede. Retribuiremos o dobro para a sociedade de Catalão, a nível de cultura, para que venhamos a desempenhar um bom papel perante a sociedade.

O senhor acredita que, com a construção da sede da ACL, mais pessoas possam se interessar em ajudar a instituição?

Claro. Hoje existe a Lei Rouanet, que é uma lei que funciona em todo o território brasileiro e pode favorecer a cultura tanto no âmbito artístico, cientifico e literário. Por essa lei, empresas podem fazer doações, tanto em verbas como em materiais para as entidades e órgãos que vem desenvolvendo trabalhos dentro da educação e cultura. Feita essas doações, podem abater os respectivos valores doado no imposto de renda. Acredito que conquistando este espaço e tendo um aval do poder executivo, vários empresários vão querer dar esse apoio, até porque não é um apoio só para academia, mas sim para a sociedade de Catalão. A ACL ficará sempre aberta ao público com exposição de quadros e apresentações de teatro. A finalidade da academia é sua utilidade pública. Ela não visa fins lucrativos e sim busca fazer um trabalho social.